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Isabel Tarouco

Isabel Tarouco

58 anos, empresária no ramo da óptica, Torres Novas

Nasceu a 2 de Junho de 1951 em Torres Novas, cidade onde vive e trabalha. Depois de 25 anos a trabalhar por conta de outrem abre a Óptica Isabel. Actualmente tem três estabelecimentos, um dos quais em Alcanena. Sente-se muito gratificada por ter as duas filhas a trabalhar consigo. Sempre que tem algum tempo livre aproveita para brincar com os dois netos. Gosta de ajudar os outros e sente-se recompensada sempre que o faz.

Desde os meus 15 anos que trabalho na área da óptica. Foi o meu primeiro emprego, numa casa que hoje é minha concorrente em Torres Novas. Andava a estudar e o meu pai faleceu. A minha mãe achou que eu devia começar a trabalhar. E assim foi. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Uma casa de óculos estava a precisar de uma empregada e fui lá pedir emprego. Comecei por fazer atendimento ao balcão e depois, a pouco e pouco, a aprender. Acabei por ficar 25 anos. Em pequena queria ser enfermeira. Sempre pensei em seguir uma profissão ligada à saúde. O destino não quis mas sinto que, de uma outra maneira, o que faço está interligado com a saúde. Isto não é só vender óculos. Sinto-me realizada. Gosto muito daquilo que faço. Ao longo destes anos tenho-me dedicado intensamente ao meu negócio e a tentar servir bem os torrejanos. Tento estar sempre disponível para ouvir o cliente. Hoje há muitas pessoas que não sabem ouvir. Isso é muito importante.As minhas duas filhas estão a trabalhar comigo. Nunca interferi na vontade delas. A mais velha tirou inicialmente o curso de Economia e, mais tarde, o curso de Optometria. A mais nova tirou o curso de Assistente Social mas agora resolveu tirar o curso de Técnica Ocular e está também a trabalhar connosco. Fico muito grata por, sem as pressionar, estarem a trabalhar comigo para darem seguimento a todo o meu trabalho. Ao fim destes anos todos tinha que ter alguém que seguisse as minhas pisadas (risos).Ao fim de 25 anos a trabalhar, resolvi estabelecer-me. Achei que se conseguia trabalhar numa óptica e fazer um bom trabalho também o conseguiria fazer por mim. Foi isso que me levou a abrir um negócio meu. Em boa hora o fiz. Dei o meu nome à óptica porque já era uma pessoa muito conhecida em Torres Novas e para as pessoas associarem a que a óptica era minha. Abri a Óptica Isabel a 19 de Dezembro de 1992. Acho que me procuram pela qualidade do meu trabalho. Tento servir bem, ter boas marcas, satisfazer o cliente. Comecei por ter uma óptica pequena na Av. dos Bombeiros Voluntários. Mais tarde adquiri a parte dos consultórios. Ao fim de quatro ou cinco anos adquiri um estabelecimento em Alcanena. Há 5 anos abri outra óptica em Torres Novas, na Av. Sá Carneiro. O cliente nunca deve sair insatisfeito do meu estabelecimento.Tenho 43 anos de experiência no ramo. É muito gratificante quando os clientes me procuram por indicação de outros clientes. Há vários episódios que marcaram a minha carreira. Por exemplo, crianças muito pequenas a quem adaptei lentes de contacto e que foram crescendo e ainda hoje me visitam. Tenho dois casos desses ainda. Fica uma grande ligação entre o paciente e nós. Na Óptica Isabel temos ao dispor do cliente todos os serviços de óptica. Levanto-me cedo, cerca das 07h00 e, por norma, estou no estabelecimento às 08h30. Faço uma hora de almoço e saio sempre daqui por volta das 21h30. A óptica fecha às 20h00 mas há sempre coisas para tratar que faço depois da porta fechar. Não gosto de deixar nada para amanhã. Sou organizada. Costumo dizer que toda a gente me procura para eu ajudar. Mas também me têm ajudado a mim. Ao ajudar os outros, ajudo-me a mim. Ao longo da minha vida tem sido sempre assim. Acaba por ser a minha faceta de enfermeira a vir ao de cima. Os meus tempos livres são ao domingo. E faço questão de guardar os feriados religiosamente para descansar. Tenho dois netinhos, de 6 e 3 anos, e sempre que posso estou com eles. Tiro sempre duas semanas de férias para ir com eles para a praia. Também faço sempre duas viagens anuais para o estrangeiro. Já dei meia volta ao mundo. Consigo desligar do trabalho porque a minha filha mais velha já me substitui muito bem. Elsa Ribeiro Gonçalves
Isabel Tarouco

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