Autarquias querem pressionar Governo a desbloquear compensações da Ota
A assembleia da Comunidade Intermunicipal do Oeste aprovou duas moções a pedir uma audiência ao primeiro-ministro e a criar uma comissão para sensibilizar os grupos parlamentares pelo atraso das compensações pela deslocalização do aeroporto da Ota.Na sessão descentralizada realizada em Alenquer, a moção apresentada pelo PS, destinada a “pedir ao primeiro-ministro que receba a comissão de acompanhamento [do Plano de Acção] no mais curto espaço possível”, foi aprovada por maioria com 28 votos a favor, 23 abstenções e três contra. A moção do PSD, a propor a criação de uma comissão para reunir com os grupos parlamentares da Assembleia da República também aprovada por maioria, com 35 votos a favor, 13 contra e quatro abstenções.Dezasseis câmaras municipais da zona Oeste e da Lezíria assinaram em 2008 o chamado Plano de Acção do Oeste que contemplava investimentos na ordem dos 2,1 mil milhões de euros até 2017. O plano, assinado na presença de José Sócrates, destinava-se a compensar os municípios pela deslocalização do futuro aeroporto de Lisboa da zona da Ota (Alenquer) para o campo de Tiro de Alcochete.O presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste (CimOeste), Carlos Lourenço (PSD), disse que em Abril foi pedida uma audiência (ainda não agendada) ao primeiro ministro para dar-lhe a conhecer os atrasos das compensações da Ota.“As obras emblemáticas do plano não estão definidas e calendarizadas e nem sequer têm um rumo”, afirmou o autarca, dando como exemplos a modernização e reformulação do traçado da Linha do Oeste, a construção do IC11 (Carregado/Peniche), a cedência de instalações do Instituto do Vinho e da Vinha, a construção de novos hospitais e a criação de mais camas no âmbito do programa de cuidados continuados por falta de financiamento.O acordo foi assinado com os doze municípios do Oeste (Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras) e mais quatro da Lezíria do Tejo (Santarém, Cartaxo, Azambuja, Rio Maior).
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