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Escoamento de produtos e promoção da agricultura familiar devem ser prioridades do Governo

O escoamento dos produtos e a promoção da agricultura familiar deverão ser encarados pelo Governo como pontos prioritários no quadro das medidas a adoptar para garantir a viabilidade do sector em Portugal, defende a CNA. “A prioridade é dar resposta ao escoamento dos produtos, mudar as políticas agro-rurais e promover a agricultura familiar”, disse Armando Carvalho, director da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).De acordo com o responsável, “a grande questão da agricultura portuguesa é como aumentar a produção agrícola nacional, evitando a importação de produtos agrícolas, melhorando e promovendo a agricultura familiar”. Para reivindicar este apoio aos pequenos agricultores, a CNA exige ao Governo uma resposta imediata que contrarie a máxima “suicida” de que “é mais barato importar do que produzir”.O drama actual, segundo Armando Carvalho, prende-se com o facto de as grandes superfícies travarem a colocação no mercado de produtos nacionais provenientes da agricultura familiar. “Os sectores que não têm a fileira minimamente organizada não conseguem pôr no mercado os produtos, porque tudo está a ser negociado pelas grandes superfícies que funcionam como uma ditadura”, denunciou. “É preciso fazer um esforço para o auto aprovisionamento, pois é previsível que venhamos a ter, a curto prazo, um défice de determinados produtos”, alertou.O pagamento das dívidas do Estado às entidades e aos agricultores e a criação de linhas de crédito com uma duração entre 10 a 15 anos (e não de cinco anos, como acontece actualmente) são outras reivindicações da CNA, segundo a qual a actual “taxa de juros que não é compatível com as necessidades da agricultura familiar”.Armando Carvalho disse ainda à Lusa que “entre as 300 a 400 mil explorações agrícolas em Portugal, 80 por cento do volume de produção é oriunda da agricultura familiar”. “Se querem salvar a economia do país, a agricultura é um sector estratégico para evitar o recurso à importação de produtos estrangeiros. Tem que haver uma evolução e um caminho de maior sobriedade e ajuda entre produções de várias regiões e países, senão estamos condenados”, considerou.

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