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Programa não agrada a todos e devia ter mais oferta para crianças

Carlos Martins, 37 anos, operador de processo de papel, Torres NovasNão falta às festas e gosta de música de conjuntos modernos. Já viu o programa deste ano e torce o nariz. As bandas que têm sido convidadas para participar no evento “são um pouco estranhas, principalmente este ano. São grupos tradicionais, por vezes de outros países, o que para a juventude acaba por não ter muito interesse. É um pouco fraquinho”, comenta. Refere que, se calhar, com o mesmo dinheiro fosse possível fazer melhor e acrescenta que até nem vale a pena investir muito nos espectáculos. “A maior parte das pessoas vai às festas por causa do convívio. Bebe um copo e pouco mais”. Sobre a cidade e o concelho acha que existe alguma falta de resposta no que toca aos jovens. “Deviam existir programas para ocupar os mais novos de modo a afastá-los de outros ambientes. Isso evitaria muitos problemas”, defende.José Carlos Rodrigues, 55 anos, electricista, Torres NovasNa sua opinião, nos últimos anos as Festas do Almonda têm sido “razoáveis”. “Se neste momento reduziram o orçamento para os festejos, acho bem, porque não se pode esbanjar dinheiro”, defende. “E este é um exemplo que deve ser seguido por outros autarcas”, acrescenta. Costuma passar pelas Festas e refere que gostava de ver mais artistas portugueses. “Temos artistas muito bons e que não são valorizados”, comenta. “Nem que fosse o Quim Barreiros!!”. Apesar disso o que mais o atrai é o convívio. “Sou capaz de ir quase todos os dias, só para me distrair”. Nascido e criado em Torres Novas, diz que a cidade está cada vez menos segura. “Mas o que é que os polícias podem fazer?”, questiona, “Eles não podem estar em todo o lado”. Conta que a zona onde vive tem sido bastante afectada por assaltos. Sílvia Borges, 40 anos, professora de Educação Física, Torres NovasFaz uma passagem fugaz pelas festas. Um dia chega...e por pouco tempo. “No programa das festas não vejo nada que seja apelativo, nomeadamente de há seis anos para cá”, explica. “Os conjuntos são sempre pouco conhecidos e os espectáculos são poucos apelativos”. Por isso, o fogo-de-artifício do encerramento e os fados de Coimbra cantados no rio são o que ainda lhe desperta algum interesse. Refere que as festas do Entroncamento costumam ter um programa melhor. “Poderá ter a ver com o factor económico. As bandas levam os seus preços e não fica barato trazer artistas conhecidos”, reflecte. No próximo ano gostaria de ver mais espaços para jovens, com ateliers e um dia dedicado aos mais novos. Actividades para crianças é também o que mais sente falta em Torres Novas ao longo ao ano. “A Biblioteca poderia abrir workshops”, sugere, “espaços diferentes do ATL, principalmente nesta altura do ano em que nem todos os pais têm dinheiro para colocar filhos em instituições privadas. O mesmo poderia ser feito com os idosos, levando-os ao cinema ou passando uma tarde a ensiná-los a trabalhar no computador. Qualquer coisa com que eles se ocupassem”.Maria Graciela Rodrigues, 52 anos, empresária, Torres NovasApesar de ter uma vida muito ocupada faz questão de passar pelas Festas de Torres Novas. “Gosto do programa deste ano. Está dentro daquilo que eles conseguem fazer”, comenta. “Há pessoas que criticam, mas temos que compreender que é dentro daquilo” que a câmara municipal pode fazer neste momento. Se poupou nas Festas para poder pagar os investimentos que se fizeram, então é de louvar”, afirma. Para o futuro defende que a câmara deveria apostar mais na música portuguesa. “Gosto do Luís Represas, mas deve ser muito caro”, constata. Em Torres Novas, sente sobretudo a falta de segurança. “Anda por aí muito vandalismo”, desabafa. Célia Dória, 43 anos, comerciante, Torres NovasAs Festas em Torres Novas são sempre um momento interessante. Uma “mais-valia” para a cidade, uma vez que trazem movimento e é bom para o comércio é a sua opinião. “As pessoas ficam mais alegres, há música na rua, o ambiente é bom e o local foi muito bem escolhido”. O programa de espectáculos também é por norma do seu agrado e gosta de se reunir com os amigos, nas tasquinhas das festas, para jantar. Gostaria de poder ver em Torres Novas o Rui Veloso, artista que afirma não se cansar de ouvir. Por outro lado, defende que a câmara municipal “devia organizar um dia mais para as crianças, com palhaços e insufláveis”. No seu dia-a-dia na cidade sofre com a falta de lugares para estacionamento. Sandrine Pimenta, escriturária, 28 anos, Serra de Santo AntónioNatural de França, vive há 10 anos em Serra de Santo António, trabalhando de segunda a sexta-feira em Torres Novas. Costuma ir às festas da cidade e irá este ano embora confesse que ainda que não conhece o programa. “Gostava muito que lá fossem grupos portugueses como os Deolinda ou os Mesa”. Defende que, apesar da crise, o dinheiro gasto nas festas é “bem empregue”. No meu local de trabalho quando chega esta altura toda a gente fala das festas e no fim do serviço há sempre colegas a combinarem irem atá ao Jardim das Rosas para assistir aos espectáculos”, conta.

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