Jardim da Liberdade já abriu mas as obras continuam
Nova sala de visitas de Santarém recebe elogios até da oposição
O Jardim da Liberdade, em Santarém, abriu quinta-feira, 24 de Junho, ao público mas as obras continuam na zona, não só à superfície como no parque de estacionamento subterrâneo que deve estar a funcionar dentro de um mês. O vaticínio é do presidente do município, Francisco Moita Flores (PSD), que surgiu acompanhado do comandante da Brigada de Reacção Rápida, unidade militar que se encontrava em exercícios no concelho.“Este é o fim da primeira fase da obra. A segunda vai começar agora e vai ter outras valências. Chamemos-lhe uma abertura do jardim para fruição do espaço público”, declarou Moita Flores aos jornalistas na noite de 24 de Junho, após a comitiva oficial e muito povo terem dado uma volta pelo espaço, onde foram investidos cerca de seis milhões de euros. Para além de alguns retoques finais, falta ainda colocar grande parte da estatuária prevista, ligada a personalidades marcantes da história da cidade e do país, e a abertura dos dois bares e do restaurante, cujo concurso está a decorrer e suscitou o interesse de duas empresas. “Temos aqui um bilhete postal lindíssimo de Santarém rejuvenescida. Hoje com certeza que já conseguem compreender a linguagem de fazermos esta ligação do espaço público entre o Jardim dos Cravos ao Convento São Francisco. Temos uma cidade nova. Uma cidade antiga, bela, que hoje começa a ficar mais bela ainda”, afirmou o autarca.Não há bela sem senãoO vereador socialista António Carmo partilha da opinião de que Santarém fica valorizada com este novo espaço público, resultante da ampliação e requalificação do antigo Campo Sá da Bandeira, que passou à história nesse dia 24 de Junho de 2010. “O jardim é muito bonito, um magnífico espaço público. Penso que ninguém tem dúvidas sobre isso. Santarém tem a ganhar com mais espaço aberto à população”.No entanto, o vereador da oposição tem algumas críticas a fazer, designadamente quanto ao perfil rodoviário da Avenida do Brasil, que considera demasiado estreita, e à rotunda junto ao tribunal, que diz ser um ponto de conflitualidade de tráfego devido à sua configuração. E sublinha que o Jardim da Liberdade não pode ser dissociado da nova realidade do estacionamento na cidade, que num raio de 500 metros em redor do espaço vai ser tarifado (ver texto nesta edição).“Tendo em conta a crise financeira que vivemos e as dificuldades que a Câmara de Santarém atravessa, temos sérias dúvidas que esta pudesse ser uma obra prioritária”, declara José Luís Cabrita, eleito da CDU na Assembleia Municipal de Santarém igualmente presente na inauguração. Mas ressalva: “Em termos globais pensamos que esta obra irá valorizar a cidade e é um contributo para a dinamização do centro histórico. A CDU sempre esteve a favor da requalificação deste espaço”, diz, lembrando no entanto que há questões de pormenor que, na sua opinião, ficaram mal resolvidas. Como a da localização da praça de táxis.
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