Secção desportiva da Casa do Povo de Aveiras de Cima sonha com novas modalidades
Direcção da colectividade quer dar um passo de cada vez e utilizar o pavilhão que possui
A crise espreita o desporto em Aveiras de Cima, concelho de Azambuja, mas a direcção da Casa do Povo não desiste de sonhar com novas modalidades para oferecer à população. Actualmente tem uma equipa de futsal feminino.
A actual direcção da Casa do Povo de Aveiras de Cima, concelho de Azambuja, quer fintar a crise e alargar a oferta de modalidades desportivas para a população da freguesia. Actualmente, o pavilhão da colectividade, um dos mais bem equipados do concelho, está quase sempre sem utilização e apenas recebe os treinos da equipa de futsal feminino da freguesia. Dinamizar o espaço e chamar novos atletas são alguns dos objectivos dos responsáveis.“Não vamos dar um passo maior do que a perna, teremos de ser cautelosos. Mas temos a ideia e a ambição de vir a criar, num futuro próximo, aulas de karaté, ballet e ginástica. Vamos tentar dar ginástica no pavilhão durante a semana a pessoas de várias idades, desde as crianças aos séniores. Para isso teremos de negociar com os professores, margens de manobra para poderem ganhar à percentagem”, conta a O MIRANTE José António Gerardo, da direcção da Casa do Povo.Actualmente, a crise dificulta a vida à colectividade e limita-a ao futsal feminino, que já vai a caminho da terceira época. “Temos também um grupo de rapazes que gostavam de se inscrever para jogar futebol de salão mas neste momento não há hipótese de criar muitas mais coisas. Vamos tentar manter os nossos patrocinadores, que nos têm ajudado muito, e arranjar outros que possam também contribuir para a prática desportiva”, conta o nosso interlocutor.A Casa do Povo de Aveiras de Cima foi fundada em 1989, na altura apenas com um ringue desportivo a céu aberto. “Antes de termos o pavilhão coberto parece que o desporto tinha outra animação. Faziam-se grandes torneios de futsal e havia muitas equipas. A partir do momento em que tapámos o pavilhão aconteceu alguma coisa, porque as pessoas não gostaram muito e desligaram-se do desporto”, lamenta José Gerardo. Alguns anos antes da cobertura do pavilhão foram organizados vários torneios de futebol de salão que juntaram centenas de atletas. “Foi a Casa do Povo que fez a obra. O concelho de Azambuja tem quase todos os pavilhões cobertos, que foram obras realizadas pela Câmara, como em Vila Nova da Rainha, Vale Paraíso e outros. Não sei porquê, aqui em Aveiras de Cima e no Vale do Brejo, tivemos de ser nós a suportar os custos da obra”, critica o nosso interlocutor.Para a direcção da Casa do Povo falta mais gente com iniciativa. “A juventude fala que podia ser feito um torneio ou outro de vez em quando aqui no pavilhão. A verdade é que toda a gente fala, mas depois quando os convidamos para participar e começamos a mexer as coisas ninguém aparece”, critica o responsável.
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