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Um curso pioneiro nas Marinhas do Sal de Rio Maior

Um curso pioneiro nas Marinhas do Sal de Rio Maior

Lena Ramos, Madalena Santos, Maria João Andrade, Manuela Nunes, Nuno Cabral e Cristina Santos estão calçados com sapatos de borracha e meias no meio de um dos talhos, divisórias que formam as salinas das Marinhas do Sal, em Rio Maior.São seis dos 16 alunos que frequentam o curso de operador de salinas tradicionais, pioneiro no país, que teve início a 14 de Junho, no âmbito da Educação e Formação de Adultos, e vai proporcionar equivalência ao 9.º ano de escolaridade. A organização pertence à Associação de Artesãos das Serras d’Aire e Candeeiros (ASAC) e à Cooperativa Terra Chã.Têm em comum o facto de estarem desempregados e serem do concelho de Rio Maior. O curso é financiado, inclui outras disciplinas e dura até 30 de Junho de 2011. Dedicarão 360 horas à salinicultura. Os formandos estão nas salinas três dias por semana, das nove da manhã às cinco da tarde, sob orientação do formador José João Rodrigues. “Nunca se sabe se um dia estes alunos possam vir a criar micro empresas e micro-negócios do sal”, admite.Os alunos limpam os talhos de resíduos. A água abastecida por um poço é bombeada para os talhos. O sal forma-se ao cabo de quatro a cinco dias. Um dia de sol aberto, sem demasiado calor, e vento quanto baste, é a receita para bom produto. Nos talhos, com menos de dez centímetros de profundidade de água, o sal é recolhido para cima de uma eira, plataforma de madeira. Aí fica durante 60 horas. É então altura de ser recolhido para a Cooperativa Agrícola de Produtores de Sal de Rio Maior, que o ensaca e comercializa. Madelana Santos, do Pé da Serra, é proprietária de 12 talhos, uma herança do pai. É talvez a mais entusiasmada com a hipótese de ficar ligada ao negócio. “Gosto de andar aqui como sempre andei em criança. Não digo que não venha a trabalhar neste sector mas é bom lembrar que é uma actividade apenas desenvolvida no Verão”, explica. Ricardo Carreira
Um curso pioneiro nas Marinhas do Sal de Rio Maior

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