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Assisado Manuel Serra d’Aire

Gostava de ser como o dinâmico presidente da Câmara de Ourém, o socialista Paulo Fonseca, também conhecido como o baby face da política regional. O também empresário, presidente do Turismo de Leiria-Fátima e líder da Federação Distrital de Santarém do PS consegue tocar tantos burros ao mesmo tempo que só de os contar fico cansado.Paulo Fonseca é um exemplo de abnegação, de desapego ao ócio e de amor ao trabalho. Vê lá tu que umas semanas antes das eleições legislativas, zangado com a direcção nacional do partido por impingir tantos forasteiros para a lista de Santarém de candidatos a deputado, avisava solenemente que iria pôr o lugar à disposição após as eleições. O PS levou a trepa que se sabe, com a maior tareia na região a ser inclusivamente no seu concelho, mas Paulo Fonseca, que deve ter gritado na reunião do partido “agarrem-me senão vou-me embora!”, acabou por sair reforçado como líder distrital pela habitual assembleia de lambe-botas que não é capaz de afrontar os chefes com medo de perder mordomias presentes ou futuras. E lá vai ter que se aguentar o esforçado Fonseca à bronca durante mais uns tempos, repartido entre as sotainas de Fátima, o Castelo de Leiria e a sede do PS em Santarém, sem ter tempo para se coçar e para outras actividades mais ou menos prazenteiras. Só porque no seu partido ninguém se chega à frente e prefere cantar aquela música do “trabalhar faz calos” a vergar a mola e a dar a cara na oposição. E ainda por cima há tanta gente que vai ficar no desemprego político por aquelas bandas que não é certamente por falta de tempo que não avançam. Por falar em emprego, rei morto rei posto e chegou agora a hora de os boys do PSD esfregarem as mãos porque a distribuição de cargos vai começar. A não ser que finalmente tenhamos um primeiro-ministro que cumpre o que promete. E nesse caso já podemos começar a preparar os lenços para limpar as lágrimas pela extinção dos governos civis e de outros organismos da administração pública. Mas isso, só quando vir é que acredito.Enérgico Manel depois do célebre leão de Rio Maior, agora apareceram vindos do nada uma águia na Chamusca e um lagartão em Coruche. Uma santíssima trindade animal que remete para o universo simbólico do futebol nacional e que tem ainda a companhia das cabras selvagens da Chamusca que volta e meia se atravessam na estrada e que, bem vistas as coisas, podem ser equipadas às claques dos clubes que têm os bichos acima citados como símbolos. Não sei bem o que isto significa, mas parece-me que não é coisa boa. Terá sido resultado de uma acção de campanha do Partido dos Animais que correu mal? Será um sinal divino a confirmar que continuamos entregues à bicharada? E, atenção, isto não é um trocadilho fácil pelo facto de termos um Coelho como novo primeiro-ministro. Como sabes, eu seria incapaz de brincar com o nome de quem quer que seja.Um amplexo estival do Serafim das Neves

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