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Salvação da banca é crucial para a subsistência das empresas

Salvação da banca é crucial para a subsistência das empresas

“Tem que haver sintonia entre a defesa da posição da banca e a defesa da posição das empresas”, disse o presidente da Associação Industrial Portuguesa no “I Congresso de “Business Angels” que se realizou na Nersant, em Torres Novas.

O presidente da Associação Industrial Portuguesa, José Eduardo Carvalho, considera que só com a consolidação das contas públicas e com a solidez da banca se pode proporcionar crescimento no país, resolvendo a situação de asfixia das empresas. “Sem resolver o problema do financiamento não se resolve nada neste país”, referiu, considerando ser necessário “salvar a banca para depois se conseguir poder salvar as empresas”. As palavras foram proferidas durante o “I Congresso dos Business Angels” de Santarém intitulado “Dar a volta à crise com os Business Angels”, iniciativa que juntou dezenas de empresários durante o dia 11 de Novembro, no auditório da Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém, em Torres Novas. Num tom sério mas simultaneamente optimista, o líder empresarial disse estar convencido que “Portugal vai sair deste buraco embora, tal como já ouvi, mais pareça que estamos a viver numa economia saída de uma guerra”.“Há uma forte pressão sobre a banca para concederem crédito, porque a banca estrangeira foi mais prudente nesse sentido”, começou por explicar o responsável para quem a banca assume “um papel central” no funcionamento da economia de mercado. “Se não há solução para a banca, haverá solução para as empresas?”, interrogou José Eduardo Carvalho acrescentando que, pela primeira vez, “tem que haver uma sintonia entre a defesa da posição da banca e a defesa da posição das empresas”. O líder empresarial apontou como uma das soluções para resolver esta situação “excepcional” a antecipação de fundos do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) e o aumento da taxa de co-financiamento. “São 630 milhões de euros nessa antecipação mas há dois meses que não se fala deste plano”, referiu. Como soluções “mais sustentadas” enumerou a recapitalização da banca com a utilização de 12 mil milhões de euros, incluída no envelope de financiamento da troika (excepção para a Caixa Geral de Depósitos), para renegociar o pacote de resgate financeiro para os bancos, retirando a dívida do sector empresarial do Estado, ou injectar liquidez no sistema financeiro através do Banco Central Europeu. Pedro Nunes, presidente do clube “Business Angels de Santarém” salientou que Portugal é um dos países onde “os clubes Business Angels têm uma dinâmica e envolvência mais interessante”. Referiu ainda que é “um motivo de orgulho” que a Federação Nacional de Associações de Business Angels tenha escolhido este clube que é o mais recente da federação para a organização do I Congresso. O responsável agradeceu ainda aos patrocinadores e parceiros, não esquecendo que José Eduardo Carvalho, ainda como presidente do Nersant, apoiou a criação deste clube em Santarém “desde o primeiro minuto”. A sessão contou ainda com a presença de Harry Helwegen, presidente da Federação Holandesa de Associações de Business Angels, que deu o seu testemunho.
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