A Assembleia Municipal (AM) que reuniu extraordinariamente na noite de sexta-feira, 4 de Novembro, no auditório dos paços do concelho, para discutir o relatório semestral de execução do Plano de Saneamento Financeiro do município serviu para as diferentes bancadas fazerem campanha política.O presidente da autarquia, Mário Pereira (CDU), explicou que o plano está a ser “globalmente” cumprido e que se estão a atingir os objectivos. O município pagou aos fornecedores, o que fez com que tenham “injectado capital” no concelho de Alpiarça. Segundo o presidente, a autarquia já cumpriu 91 por cento do pagamento das dívidas. O que falta resulta de negociações que estão em curso sobretudo de dívidas a empresas que estão em processo de insolvência. Falta também liquidar a dívida a ADSE mas, de acordo com Mário Pereira, já existe acordo para que a verba seja paga durante o ano de 2012.“O pagamento das dívidas da câmara a fornecedores permitiu que as empresas pagassem as suas dívidas e pagassem também aos funcionários. Com este plano de saneamento a autarquia poupou centenas de milhares de euros em juros de mora. Além disso, podemos honrar os nossos compromissos, o que nos torna mais credíveis junto de fornecedores e outras entidades”, referiu Mário Pereira.O autarca aproveitou o momento para referir que, “ao contrário do que tem sido dito pela oposição”, a CDU está a fazer obra. E deu como exemplos a inauguração do novo Centro Escolar de Alpiarça e a reabertura da Casa-Museu dos Patudos depois das obras de requalificação e reabilitação. Também a requalificação do Largo Vasco da Gama e a recuperação da rede de saneamento e esgotos não foram esquecidas por Mário Pereira.Paulo Sardinheiro, da bancada do PS, disse que tanto ele como os seus camaradas de partido estão “insatisfeitos” com as explicações. O socialista fez questão de realçar que as obras na Casa dos Patudos e do Centro Escolar foram lançadas pelo PS quando geria a autarquia. “Não fez a requalificação da Zona Industrial para a tornar mais atractiva para que se instalem novas empresas e não vejo prédios a serem reabilitados. Ainda está muita coisa por fazer em Alpiarça”, referiu. O documento foi aprovado com nove votos a favor (8 CDU+1PSD) e cinco abstenções do PS.