uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Presidente da Câmara de Tomar diz que posição crítica de vereador socialista vai ter consequências políticas em breve

Luís Ferreira abre nova guerra interna na coligação PS/PSD na autarquia

Vereador socialista afronta presidente do município no seu blogue, acusando-o de exercer o poder de “forma totalmente autocrática e sem qualquer sensibilidade social”.

Um dos vereadores do PS na Câmara de Tomar, Luís Ferreira, diz que “em Tomar já não se vive em Democracia” e acusa o presidente da autarquia, Corvêlo de Sousa (PSD), de exercer o poder de “forma totalmente autocrática e sem qualquer sensibilidade social”. As acusações de Luís Ferreira, publicadas no seu blogue na Internet http://vamosporaqui.blogspot.com, podem ser a gota que faltava para acabar com a coligação PSD/PS que gere o município.Contactado por O MIRANTE, o presidente da Câmara de Tomar, foi claro: a posição de Luís Ferreira vai ter consequências políticas em breve, embora não especifique quais. A retirada dos pelouros que ainda lhe estão atribuídos (Bombeiros Municipais e Protecção Civil) pode ser o passo seguinte. Antes, vai falar com a concelhia do PSD, embora se considere livre para tomar decisões. Corvêlo de Sousa entende que é necessário clarificar as águas pois considera que essa relação política entre PSD e PS tem que ser ajustada por razões de eficácia no trabalho. A posição de Luís Ferreira foi motivada pela decisão do presidente da câmara de mandar retirar do largo fronteiro ao castelo templário uma carrinha-quiosque que vendia artigos alimentares e bebidas. Luís Ferreira diz que se tratou de um “total desprezo pela vida das pessoas” que exploravam esse negócio e pegando nesse caso o vereador socialista aproveita para dizer que “as reuniões de câmara são uma autêntica ‘farsa’ (teatral), mal dirigida e com os actores desfazendo-se permanentemente em salamaleques fúteis e deslocados no tempo”.“Nada de jeito se decide e do que se decide, tarde e a más horas a maioria das vezes, só é executado o que o presidente lhe apetece ou o que alguns serviços, quase autonomamente, decidem executar”, escreve ainda Luís Ferreira, acrescentando: “Chamar ao que ali se passa de Democracia é um claro abuso de linguagem”.Luís Ferreira critica directamente a acção do presidente da câmara em processos como o da candidatura do Centro Escolar da Linhaceira, o da caducidade para construção de três prédios junto à praça de touros ou ainda sobre o litígio com a ParqT ou a requalificação do Flecheiro. Uma posição que mina a relação de confiança que deve existir numa coligação, para mais numa altura em que se avizinha a discussão do plano de actividades e o orçamento municipal para 2012.Corvêlo de Sousa contesta a leitura de Luís Ferreira, dizendo que as atitudes ficam com quem as pratica, e garante que a Câmara de Tomar funciona, independentemente de o vereador Luís Ferreira gostar ou não das decisões tomadas. Quanto ao caso do quiosque, o presidente da câmara explica que, no âmbito das obras de requalificação da zona envolvente ao castelo e Convento de Cristo, foi decidido construir um quiosque com as mesmas valências na zona, pelo que não faz sentido continuar ali o quiosque ambulante. Vai ser aberto um concurso para a concessão do espaço, ao qual esse vendedor pode concorrer.

Mais Notícias

    A carregar...