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Nuno Tavares reconhecido pelo trabalho de reabilitação de doentes cardíacos

Técnico de desporto da Câmara de Vila Franca levou dois anos a fazer estudo
Um estudo baseado no programa de reabilitação cardíaca da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira valeu a Nuno Pedro Oliveira Tavares, 36 anos, o prémio de jovem investigador da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Nuno Tavares, que é também técnico superior da divisão de desporto e gestão de equipamentos da câmara municipal de Vila Franca, ganhou o prémio na sequência de um trabalho sobre reabilitação cardíaca e a importância de praticar desporto para reduzir os factores de risco associados à doença. O trabalho abordou a teoria de que os doentes que sofram de problemas cardíacos e que pratiquem desporto logo após a alta hospitalar têm mais hipótese de ultrapassar a doença e levar uma vida melhor do que os doentes que optam pelos convencionais medicamentos prescritos pelos médicos. O prémio foi atribuído a 23 de Outubro durante o congresso “Practice” - prevenção e reabilitação activa com o exercício - que se realizou entre 21 e 23 de Outubro em Lisboa.O evento, de cariz anual, conta com o apoio de entidades como o American College, Ordem dos Médicos e Faculdade de Medicina de Lisboa. Junta um conjunto vasto de investigadores e clínicos que apresentam os seus trabalhos e são avaliados por uma comissão científica. O trabalho de Nuno Tavares concorreu com investigações relacionadas com a obesidade na adolescência, factores do processo inflamatório e efeito placebo.O estudo demorou dois anos a ser realizado e tem como base o programa de reabilitação cardíaca da câmara municipal, que desde a sua criação, em 2009, já assistiu mais de 60 pessoas. “É um programa que recorre ao que já existe de equipamentos, como o passeio ribeirinho ou os pavilhões municipais. Temos uma equipa multidisciplinar que acompanha o doente desde que tem um enfarte e vai para o hospital. É tratada pelo médico e se for um doente de baixo risco é admitido no programa. Durante seis meses essa pessoa vai fazer exercício regular e vai ser acompanhada por equipas do Hospital Reynaldo dos Santos em Vila Franca, da câmara municipal e do centro de saúde”, explica a O MIRANTE Nuno Tavares.Ao longo de todo o processo o doente é acompanhado por um médico coordenador, uma enfermeira, dietista, fisioterapeuta, cardiologistas e técnicos da câmara. Nuno Tavares garante que os doentes que já passaram pelo programa apresentam melhores níveis de actividade comparativamente aos doentes que se sentaram em casa a tomar apenas comprimidos. “São resultados fantásticos, a capacidade de fazer actividades do dia-a-dia aumenta em 30 por cento e a qualidade de vida mais de 50 por cento”, assegura. A comissão científica valorizou os resultados apresentados no congresso e atribuiu o prémio a Nuno Tavares. O prémio consiste em poder obter várias formações gratuitas e ter desconto na continuação dos estudos na faculdade. “É um estímulo extra”, garante o jovem, que nasceu em São Sebastião da Pedreira mas que desde a infância reside no concelho de Vila Franca. “Desde criança que me sinto uma pessoa da terra”, afiança.

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