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Uma nova pista de pesca promete trazer muitos pescadores a Benavente

Secção de pesca do Grupo Desportivo de Benavente é a responsável pela dinamização do local

A secção de pesca do Grupo Desportivo de Benavente está em alta. O ano passado ajudou a criar uma pista de pesca em Benavente e ainda subiu à I Divisão Nacional de Pesca Desportiva. O grupo quer trazer mais pescadores à nova pista e continuar a levar o nome de Benavente além fronteiras.

Uma nova pista de pesca em Benavente ameaça tornar-se num caso sério de sucesso com a presença de cada vez mais adeptos da pesca desportiva. O objectivo passa por integrar esta pista nas provas oficiais da modalidade e deste modo ajudar a dinamizar a economia local. Os grandes impulsionadores da pista, a secção de pesca do Grupo Desportivo de Benavente (GDB), conseguiram subir à primeira divisão nacional e esperam sagrar-se campeões nacionais. A pista, localizada perto do cemitério de Benavente, surgiu graças ao esforço e vontade de alguns membros da secção de pesca do GDB que contou com o apoio da Câmara Municipal de Benavente. Uma dúzia de apaixonados da secção meteu mãos à obra no ano passado para limpar todos os detritos que se encontravam no fundo e nas margens do troço onde passa o Rio Sorraia. Existe agora espaço para 40 pescadores que podem encontrar principalmente barbos, alburnos, carpas, tainhas e pimpões. Esta pista caracteriza-se ainda por ter uma ligeira corrente, ao contrário de muitas pistas do país que são de águas paradas. Os adeptos acreditam que este novo espaço vai ajudar a dinamizar a economia local a partir do momento que vai sendo cada vez mais conhecida e esperam que a pista entre brevemente no circuito de provas oficiais. À nova pista juntam-se também os bons resultados que a secção de pesca do GDB tem conquistado nos últimos tempos. No ano passado, sagrou-se campeã nacional na II Divisão Nacional Sul. Este ano subiu à I Divisão Nacional, onde estão os principais craques da pesca desportiva. Embora a secção conte com 15 elementos federados, só seis costumam ir às provas. Todas as semanas, os membros reúnem-se para trocar impressões sobre os locais onde vão realizar as provas. “É preciso apurar as técnicas de pesca e traçar uma estratégia para a prova que vamos realizar”, explica um dos gurus da modalidade, Vieira Ferreira, de 74 anos, que mora em Benavente. Para quem pensava que a pesca é uma questão de sorte desengane-se. “Tem 90 por cento de sabedoria e 10 de sorte”, explica o presidente da secção, Ernesto Isidro, de 42 anos, que já anda na pesca desde os sete anos. Os pescadores querem sagrar-se campeões nacionais este ano. A pesca desportiva é uma modalidade cara e uma cana pode chegar aos 8000 euros. Em altura de crise e com apoios a escassear, Vieira Ferreira admite mesmo que é preciso ter algumas posses para participar nas provas que se realizam por todo o Portugal. Mas quem se mete no modalidade e vai tomando o gosto rapidamente esquece os custos. O prazer de sentir o peixe preso no anzol e depois pesar os exemplares apreendidos antes de os devolverem à água é indescritível, asseguram os amantes. O mais triste para estes pescadores é encontrarem um peixe morto. Para mais informações sobre a pista de Benavente pode contactar Vieira Ferreira através do número 925 992 401.Campeã do mundo de pesca desportiva gostaria de ver mais mulheres na modalidadeVirgínia Ferreira, de 52 anos, sagrou-se Campeã do Mundo de Pesca Desportiva em Água Doce em 2007. São muitos os títulos que soma ao longo de mais de 20 anos de modalidade, de onde se destaca o de vice-campeã do mundo e as 16 internacionalizações. Diz com toda a certeza que sem o apoio do seu treinador e marido, Vieira Ferreira, jamais conseguiria ter tanto sucesso. O marido também contagiou o filho de ambos que conquistou o título de vice-campeão no mundial da especialidade em 2006. Todas as folgas, fins-de-semana e tempos livres são passados com a cana da pesca na mão. “Quando o meu marido me puxou para a pesca não sabia sequer o que era um anzol, mas isto depressa se tornou uma paixão violenta”, explica. Por isso abdica sem dificuldades de férias, de idas a casamentos ou baptizados, já que uma falta numa prova pode colocar em causa todo um ano de trabalho. Virgínia Ferreira gostaria de encontrar mais mulheres no circuito nacional de competição. “As mulheres acham que não têm paciência, mas não imaginam que este desporto exige que uma pessoa esteja permanentemente a pensar para conseguir capturar o peixe”. Nunca se sentiu mal no meio de tantos homens. Confessa que até é bastante acarinhada e não esconde o prazer que lhe dá vencer ao sexo masculino.

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