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Juntas da região alugaram autocarros para levar manifestantes a Lisboa

Alguns presidentes de Junta de Freguesia da região contactados por O MIRANTE disseram que recorreram ao aluguer de autocarros para a deslocação de eleitos e populares à manifestação de Lisboa a expensas das respectivas autarquias. Outros usaram as carrinhas das Juntas. Uns e outros não compreendem porque se fez tanto alarido por causa disso. No concelho de Vila Franca de Xira a freguesia de Vialonga mobilizou 76 pessoas em duas carrinhas da junta e um autocarro alugado propositadamente para o efeito. A participação na manifestação custou aos cofres da junta um valor próximo dos 200 euros. “Valeu a pena gastar esse dinheiro pela luta que ali se fez em prol da manutenção das freguesias”, conta o presidente da junta, José António Gomes (CDU).A junta de freguesia da Póvoa de Santa Iria optou por mobilizar o movimento associativo e dessa forma evitou gastar dinheiro. Na freguesia de Alhandra os eleitos da junta contribuíram para o aluguer do autocarro que levou 50 pessoas a Lisboa. “Foi a maior manifestação de sempre e penso que valeu a pena”, defende o presidente, Luís Filipe Dias (PS).Augusto Figueiredo (CDU), autarca de Asseiceira, Rio Maior, recorreu a um autocarro do Rodoviária do Tejo para a deslocação das pessoas da freguesia a Lisboa. O autarca, líder do movimento “No Ribatejo, Freguesias Sim!”, acusa o CDS-PP de querer tapar o sol com a peneira e esquecer gastos, esses sim, atentatórios do funcionamento do Estado. “O que esquecem é que há freguesias com mil habitantes que recebem menos por mês que um dos motoristas do ministro Miguel Relvas. Isso é que seria interessante e coerente ser apontado pelo CDS-PP”, comenta.Na quarta-feira a seguir à manifestação, na Assembleia da República, aquele partido acusou juntas de freguesia de terem usado meios públicos para participarem na manifestação. Num pedido de esclarecimento a uma intervenção do socialista Mota Andrade sobre a manifestação, Altino Bessa, do CDS/PP, perguntou se aquele deputado entendia que “estas manifestações sejam feitas através de recursos dos contribuintes e das freguesias, quando as freguesias têm recursos reduzidos e precisam deles para ajudar populações”. Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) considera “legítimo e legal” que “algumas” juntas de freguesia tenham utilizado meios próprios para irem à manifestação.

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