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Jovem do Clube Náutico de Salvaterra de Magos sagra-se vice-campeão nacional em canoagem

Secção conta actualmente com vinte cinco atletas de vários escalões etários

O Clube Náutico de Salvaterra de Magos (CNSM) conseguiu mais um resultado importante na Final Nacional dos Torneios Abertos em Canoagem que se disputou em Setembro. O jovem João Maria Murjal, de 12 anos, conseguiu um segundo lugar, entre mais de 70 atletas, em K1 iniciados. O clube quer tornar a canoagem uma referência de Salvaterra de Magos.

O canoísta João Maria Murjal, de 12 anos, conquistou o segundo lugar em K1 iniciados na Final Nacional dos Torneios Abertos em Canoagem que decorreu nos dias 15 e 16 Setembro, em Águeda. O jovem do Clube Náutico de Salvaterra de Magos (CNSM) disputou a prova com mais de 70 atletas de todo o país e já pensa em chegar um dia aos jogos olímpicos. Há um ano, João Maria Murjal entrou com o irmão Victor para a secção de canoagem do CNSM. O treinador Raphael Gaspar notou logo algumas qualidades: “Tem muita capacidade e raça, mas faltava o equilíbrio e a técnica que trabalhamos ao longo de um ano”. Em Julho deste ano, Yana Lapukha, Margarida Lopes, Mariana Campainha e Inês Gonçalves, de 17 e 18 anos, conquistaram também o título de vice-campeãs nacionais em K4, em júnior feminino, nos 500 metros, na prova que decorreu em Montemor-o-Velho. Bons resultados para uma secção tão jovem que já têm dificuldades em arranjar espaço na sua sede para ir guardando os troféus. Nascida em 2005, pelas mãos de Raphael Gaspar, professor de natação nas piscinas municipais de Salvaterra, a secção conta com cerca de 25 atletas. Em maré de crise e com despesas elevadas, como a compra de canoas ou a sua manutenção, a secção sofreu uma grande quebra nas receitas que vêm da marina de recreio instalada no cais da vala e que administram. Se em 2010 existia uma lista de espera para as embarcações, em 2012 a marina possui 10 lugares vagos. Os subsídios que vai recebendo são pequenos quando comparados com alguns clubes do país, o que acaba por tornar a competição desigual, já que o investimento em material tem de ser menor. Para poupar, o clube acampa sempre com os seus atletas nas saídas que vai realizando. “Por vezes é duro, chove imenso, e temos de tomar banho de água fria, mas os miúdos também acabam por gostar de todo este ambiente que se vive”, assegura o treinador. Canoagem luta pelo prestígio de outros temposRaphael Gaspar praticou canoagem entre os 12 e os 15 anos, quando a modalidade assumia algum relevo em Salvaterra. O treinador, Manuel Pereira, que sofria de problemas cardíacos, caiu um dia à água e acabaria por morrer, embora Raphael Gaspar garanta que o acidente nada teve a ver com a modalidade. “O Manuel Pereira era uma pessoa muito querida e o acidente acabou com a modalidade. As pessoas começaram a pensar que a canoagem era perigosa”, explica. Uma ideia que procura desmistificar. Ninguém vai sozinho para o rio e todos os atletas treinam de colete. João Maria sonha em tirar um curso superior ligado à agricultura, mas depois deste incentivo não esconde também a vontade de continuar a trabalhar para chegar um dia aos jogos olímpicos. “O que quero aqui acima de tudo é ajudar a formar homens e mulheres. Todos os resultados individuais resultam de um trabalho de equipa”, conclui o treinador.

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