O relançamento da economia na região só é possível se os bancos permitirem melhor acesso ao crédito e o façam com taxas de juro acessíveis às micro e pequenas empresas. A opinião é da presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha (PS). “Não havendo acesso ao crédito não há hipótese de aumentar a despesa. Uma empresa que paga mais juros do que a capacidade que tem de gerar lucros está a afundar-se, não gera emprego nem riqueza”, lamentou a autarca. Rosinha considera que as estratégias da banca e do actual Governo têm sido “uma cavalgada para a desgraça” do tecido empresarial e confessou que os municípios e instituições são cada vez mais as únicas “portas abertas” onde a população pode pedir ajuda. A autarca falava num encontro promovido pelo PS de Vila Franca destinado a debater o desemprego e a economia do concelho e da região, onde também participou o deputado Pedro Marques. O deputado partilhou da opinião da presidente da câmara, dizendo ser “incompreensível” que a banca portuguesa se financie no Banco Central Europeu com juros de 1 por cento “e depois cobre taxas acima de 20% aos micro e pequenos empresários”. Pedro Marques defendeu ainda que as verbas do quadro comunitário de apoio (QREN) - suspensas pelo actual ministro das finanças, Vítor Gaspar - deveriam ser injectadas na economia. “Estamos a falar de 5 mil milhões de euros por ano que iriam gerar investimentos responsáveis por 1 por cento do Produto Interno Bruto nacional”, disse.