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Presidente de Azambuja estuda aumento da tarifa de resíduos sólidos para o dobro

O presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Joaquim Ramos (PS), propôs o aumento para o dobro da tarifa de resíduos sólidos urbanos, que é cobrada na factura da água, mas decidiu retirar a proposta que levou à reunião de câmara para pensar melhor no assunto. Isto depois dos protestos do deputado da assembleia municipal, Daniel Claro (Bloco de Esquerda).O eleito começou por falar na “sexta-feira negra”, dia em que foram anunciadas mais medidas de austeridade, para pedir a Joaquim Ramos que reconsiderasse a proposta apresentada mesmo correndo o risco de parecer “ingénuo”.“Este aumento configura um aumento brutal das condições de vida dos munícipes de Azambuja já que chega quase aos 50 por cento”, apelou, lembrando que as famílias vão ver os seus rendimentos reduzidos mas vão continuar a ter os filhos no infantário e a pagar a casa pedindo assim um sinal positivo ao executivo apesar de reconhecer que a câmara atravessa também dificuldades financeiras.Até o líder da bancada do PS na assembleia municipal, José Manuel Pratas, apelou ao bom senso dos socialistas tendo em conta que a decisão sobre um aumento da taxa de resíduos sólidos poderia trazer dissabores ao partido no concelho.Joaquim Ramos argumentou que o aumento vai ao encontro da lei que desde 20 de Agosto exige que os custos de funcionamento sejam suportados pelo sistema tornando-o sustentável mas acabou por ceder. Azambuja já chegou a pagar 40 euros por tonelada quando estava na Resioste mas desde que contratou a Ecoambiente despende actualmente 19 euros por cada mil quilos de lixo a retirar do concelho. O valor da receita é de 661 mil euros por ano mas a factura a pagar ascende a 1.146 mil euros.A tarifa de resíduos sólidos urbanos, que é cobrada na factura da água, é actualmente de 1,76 euros para quem consome até cinco metros cúbicos de água, ou seja, está no primeiro escalão. A proposta retirada previa que a tarifa fixa aumentasse para três euros e fosse ainda acrescentada uma tarifa variável para cobrar mais 0,5 euros por cada metro de água consumido, de acordo com recomendações das entidades que regulam o sector. Um acréscimo que, a confirmar-se, vai tornar ainda mais pesada a factura da água no município de Azambuja. A proposta tinha previstos benefícios às famílias com escassos recursos financeiros devidamente comprovados.

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