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Entrevista João Granada - Os problemas de Tomar estão ligados ao seu passado templário

Remotamente, enquanto cidade sede de poderosa ordem militar é de crer que fosse grande o poder de cobrar tributos na região em troca da protecção aos camponeses. Mas, mais tarde, como compreender então o papel de referência nacional que a cidade teve na tentativa de industrialização promovida pelo Conde da Ericeira e depois pelo Marquês de Pombal? Como compreender que até meados do século XX Tomar fosse um pólo industrial suplantando mesmo a importância dos outros dois lados do triângulo Tomar-Torres Novas-Abrantes/Tramagal? Como justificar que em 1973 tivesse sido decidido criar o Ensino Politécnico na Covilhã (polo têxtil), em Vila Real (agro-indústria) e...em Tomar? O problema de Tomar foi a crença, a partir dos anos 90, de que o turismo era suficiente para a vida económica e que desse ponto de vista até convinha que não houvesse fábricas a “poluir”. Necessário era embelezar a cidade! Acreditou-se de forma ainda mais forte do que no resto do país que era possível viver dos serviços e do crédito. Os resultados estão à vista: décadas de empobrecimento, desertificação de activos, investimento local restringido a lares para idosos e juventude de saída. Se nada for feito, que futuro? Tomar: uma aldeia com história. Rui Sant’Ovaia

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