Já se passaram alguns dias desde que esta critica foi publicada e tenho que concordar com o sr. Tomás Rafael quando ele diz que as observações dos técnicos não correspondem à realidade dos problemas do referido Centro Histórico de Santarém, significando isso que os mesmos não fazem o seu trabalho de casa. Este tipo de problemas já dura décadas e o seu efeito é cada vez mais nefasto para esta cidade. Durante anos nada foi feito para resolver e antecipar soluções que protegessem o comércio e a habitabilidade desta cidade, pelo contrário, os diferentes autarcas vão-se esquivando dos seus deveres e Santarém está a pagar por má gestão dos seus recursos e potencialidades para uma hipotética exploração do tão ambicionado turismo que não temos. Quanto aos transportes dentro da cidade é impensável, sobretudo se querem proteger o património. A solução seria um comboio para os mais velhos e bicicletas com três rodas para os mais velhos e com cesto de compras à frente. É Uma vergonha o trânsito abusivo e destrutivo que passa na rua dos correios. As calçadas estão sempre com buracos, a rua está afundada e disforme e os prédios sujos e com rachas, sem falar que os munícipes têm que andar no meio da rua para contornar os carros mal estacionados. É triste ver uma capital de distrito abandonada desta maneira.Paulo Como morador no centro histórico de Santarém, não posso deixar de estar mais de acordo com a opinião do Sr. Arquitecto Rafael sobre a requalificação urbana, nomeadamente na classificação como pontos fortes das valências desta zona da cidade do “estacionamento”(qual?! onde?!) e “mobilidade intermodal”(!?). É de ir às lágrimas! Uma tristeza e um exemplo que espelha bem aquilo que nós portugueses sabemos fazer de melhor que é a construção de castelos de areia por cabeças cheias de vento.Infelizmente hoje o centro histórico de Santarém já não passa de uma miragem à qual alguns, “bem intencionados” seguramente mas absolutamente desconhecedores da sua vivência/usufruto/realidade, insistem em atribuir alguma substância. Fruto do abandono e, diria mesmo, de algum desprezo, desde há dezenas de anos que se tem vindo a tornar num ermo cheio de casas (ruínas?!), ruas e praças degradadas onde não apetece estar. Confesso que não conheço em pormenor o tal projecto de delimitação (falta-me a vontade...) que suscitou as criticas do Sr. Arqt.º Rafael que caíram tão mal aos seus autores mas a ser verdade o que o artigo refere só me apetece dizer : Senhores da “Viver Santarém”, deixem-nos em paz com os nossos males que para pior já basta assim!!!João Motta Freire