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O “enredo novelístico” das facturas e do PAEL na Câmara de Almeirim

O “enredo novelístico” das facturas e do PAEL na Câmara de Almeirim

Situação serviu de mote à discussão na sessão da assembleia municipal
O PSD e o MICA aproveitaram as divergências entre o presidente da Câmara de Almeirim, Sousa Gomes (PS), e o seu vice-presidente, Pedro Ribeiro (PS), para tentarem tirar dividendos políticos e pedirem a cabeça de Ribeiro na última sessão da assembleia municipal, por causa do enredo criado à volta do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). Mas o vice-presidente, que substituiu Sousa Gomes na sessão por ausência deste, ignorou o assunto e limitou-se a dizer que a situação financeira do município é boa.O PSD começou por apresentar um requerimento em que pedia um inquérito e a responsabilização política e retirada dos pelouros de quem teve a ver com o facto de haver facturas sem cabimentação orçamental e que por isso não estavam registadas na contabilidade. Uma situação apontada a Pedro Ribeiro. Mas o requerimento foi chumbado por todos os eleitos do PS, com a abstenção da CDU. A CDU através de Manuela Cunha, que disse não ser ingénua, classificou como “enredo novelístico” o facto de o presidente da câmara ter lançado publicamente suspeitas de que Pedro Ribeiro estava de conluio com a chefe da contabilidade para que facturas não fossem registadas porque estaria contra a adesão do município ao PAEL. E realçou que as questões da falta de rigor e transparência sempre foram um apanágio da câmara liderada por Sousa Gomes, que é também o responsável pela área financeira do município e quem dá autorização de despesas. “Quando estão em guerrilhas internas é que descobrem anomalias”, salientou a eleita, realçando que muitas vezes, ainda quando vereadora, questionava se havia cabimentação para algumas compras que a autarquia fazia.Manuela Cunha salientou que esta novela faz parte do “exercício do poder alicerçado no laxismo e caciquismo por parte dos políticos do PS”. A eleita disse estar preocupada é com as implicações que o PAEL, que no fundo é um empréstimo para pagar dívidas antigas a fornecedores, vai ter na vida dos cidadãos de Almeirim, pedindo para que parassem de distrair as pessoas com novelas.Recorde-se que o vice-presidente recusou ter alguma coisa a ver com o boicote interno de que o presidente da autarquia, Sousa Gomes, diz ter sido alvo no processo de candidatura da câmara ao PAEL. Sousa Gomes diz que podia ter candidatado ao programa um valor mais elevado se não houvesse facturas por registar na contabilidade. Em declarações a O MIRANTE, a 8 de Fevereiro, Pedro Ribeiro disse desconhecer qualquer assunto relacionado com o PAEL para além daquilo que foi a reunião de câmara e assembleia municipal, salientando que o presidente é responsável directo desde 1990 por esta área das finanças e contabilidade.
O “enredo novelístico” das facturas e do PAEL na Câmara de Almeirim

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