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Empresários aprendem estratégias para poupar na factura da energia

Empresários aprendem estratégias para poupar na factura da energia

“Só se pode gerir aquilo que se consegue medir, daí a importância da certificação energética nas organizações”, referiu o perito Eduardo Gomes.

Para pouparem ao fim do mês na factura da electricidade, as empresas devem, em primeiro lugar, ser capazes de “contabilizar e monitorizar a evolução dos consumos de energia” pois só com dados se conseguem tomar decisões. De seguida, devem agir para optimizar, sendo o último passo o controlo do resultado das acções implementadas. Estas foram algumas das conclusões retiradas da sessão de esclarecimento que o AgroCluster Ribatejo e a Nersant realizaram na passada semana, em Torres Novas. Cerca de duas dezenas de empresários responderam à chamada e ficaram a saber quais as estratégias de eficiência energética que as empresas da região devem aplicar de maneira a reduzir os seus custos. Eduardo Gomes, perito qualificado no âmbito da certificação energética e sócio-gerente da empresa Lusiprojeto - Soluções em engenharia, Lda, foi o orador convidado. Começou por explicar que “Portugal tem metas a cumprir” no que diz respeito à redução do consumo de energia em quatro áreas, sendo uma delas a indústria. Neste sentido, criou-se no nosso país um sistema de gestão de consumos intensivos de energia, que abrange também as médias empresas. O orador esclareceu que este tipo de gestão possibilita uma redução da factura energética das organizações, gera acréscimos de produtividade nas organizações, aumenta a competitividade da empresa ou indústria nos mercados internos e externos e promove o conhecimento aprofundado das instalações e do custo energético de cada processo ou sistema. “Num mercado altamente competitivo, o factor de produção energia pode ser decisivo para a sustentabilidade das empresas”, garantiu.O perito advertiu ainda que os empresários devem preparar-se para o aumento do custo da energia, “com a realização de uma auditoria energética, cujo relatório lhes vai permitir perceber onde podem reduzir o consumo, ou optando por implementar um sistema de gestão da energia”, através da norma ISO 50001: 2001 que estabelece as linhas de orientação para a utilização de energia, com vista à eficiência energética da organização. A auditoria e certificação energética são duas das ferramentas mais eficazes para “libertar recursos financeiros” para o aumento do custo da energia, devido às alterações que induz, quer ao nível comportamental dos colaboradores, quer ao nível organizacional e ao nível tecnológico. Eduardo Gomes concluiu afirmando que “só se pode gerir aquilo que se consegue medir”, daí a importância deste tipo de certificação nas organizações.“Produzir mais, gastando menos”Para Carlos Lopes de Sousa, presidente do AgroCluster Ribatejo, a preocupação com a eficiência energética deve estar na ordem do dia das organizações, “uma vez que é através desta gestão da energia que se podem reduzir custos, aumentando-se, assim, a produtividade da empresa ou indústria”, acrescentando que as empresas têm que contribuir, cada vez mais, para uma “sociedade mais limpa”. O responsável defendeu que “a cultura da redução de custos tem que ser transversal a toda a empresa”, sendo este um dos pontos críticos nas empresas.
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