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Luís Cordeiro

Luís Cordeiro

Comerciante, 40 anos, Sobralinho

“Nós temos polícia que chegue, o problema é haver demasiados ladrões à solta. Temos um sistema judicial que não funciona. As pessoas fazem o mal e regressam às ruas como se estivesse tudo bem.”* * *“Nunca integrei nenhuma missão humanitária mas penso que iria gostar de o fazer, sobretudo em África, para lidar com crianças e ajudá-las. Gostava de fazer isso antes de morrer. Cada vez mais, ao longo da vida, me mentalizei que as coisas acontecem quando tiverem de acontecer. Se um dia aparecer um convite, quem sabe se não alinho.”

O que mais o irrita quando vai à praia?O vento. Tenho de usar um corta-vento que levo sempre comigo. Ele nunca levanta voo porque fica bem preso para não incomodar ninguém. O que faço, gosto de fazer bem feito. A sua mulher fica ciumenta quando você olha para outras mulheres na praia?Não fica (risos), garantidamente. Sou casado e pai de um rapaz com nove anos.Tem uma loja de colchões. Qual foi o pedido mais bizarro que lhe fizeram?Uma vez pediram-me um colchão com dois metros e 35 centímetros de largura e dois metros e 90 centímetros de comprimento. Também já me pediram para se sentarem e até mesmo para dormirem uma sesta, para tirarem dúvidas. Era capaz de integrar uma missão humanitária?Nunca integrei nenhuma missão humanitária mas penso que iria gostar de o fazer, sobretudo em África, para lidar com crianças e ajudá-las. Gostava de fazer isso antes de morrer. Cada vez mais, ao longo da vida, me mentalizei que as coisas acontecem quando tiverem de acontecer. Se um dia aparecer um convite, quem sabe se não alinho. Quando era criança ia à praia dos tesos no Sobralinho?(risos) Nunca fui. Os meus pais são de Torres Vedras e fazíamos praia em Santa Rita, porque tínhamos uma loja em A-dos-Cunhados.Incomoda-o Alverca ser a única freguesia do concelho sem passeio ribeirinho?Um pouco. Mas não é uma das coisas que ache prioritária para Alverca. Ficava bem mas não sou daqueles que defendem o que parece bem. Há coisas que fazem mais falta na cidade, como uma loja do cidadão em condições, um tribunal para aliviar o Tribunal de Vila Franca, um centro de saúde maior com mais médicos e uma universidade, por exemplo.Como olha para o possível encerramento do Vila Franca Centro em Outubro?Não acredito que vá fechar. Tive uma loja praticamente comprada no centro comercial quando ele abriu mas por não acreditar em lojas de centro comercial, excepto se forem lojas âncora, não comprei. E o tempo encarregou-se de provar que foi uma boa opção.Era homem para saltar de pára-quedas ou viajar na montanha russa?Nunca, em tempo algum. Tenho aversão a tudo o que voa. Adoro ver os aviões a levantar e a aterrar mas quando chega a hora de ser eu a embarcar é muito complicado (risos).Se assistisse a um assalto a um banco e visse que tinha oportunidade de apanhar o ladrão, tentava?Não. O prejuízo para o banco, fosse qual fosse o montante roubado, seria sempre menos importante que a minha vida. Eu sei o que é isso de ser assaltado, porque fui assaltado várias vezes em lojas e nem reagi. A única coisa que posso fazer é dar pormenores à polícia que possam permitir a prisão de quem pratica esses actos criminosos. Há polícia a menos? Nós temos polícia que chegue, o problema é haver demasiados ladrões à solta. Temos um sistema judicial que não funciona. As pessoas fazem o mal e regressam às ruas como se estivesse tudo bem.Jorge Jesus vai aguentar até ao final da época no Benfica?Não acredito. E no que toca ao Benfica acho que temos de partir do princípio que as pessoas são pagas para fazer bem. Não são pagas para fazer bem apenas de vez em quando. Quando vejo os jogadores jogarem mal e não serem chamados à atenção, está aí a prova contrária do que eu acho. Se mandasse uma carta ao primeiro-ministro, o que lhe escrevia?Uma carta em branco, para ele ver que não tinha nada para lhe dizer. O que ele tem feito está dentro da rota que foi traçada, mas as coordenadas estão todas erradas. Infelizmente não há alternativas neste momento e não me identifico com nenhum [dos outros líderes partidários]. A rota está tão bem delineada que não dá para mudar.
Luís Cordeiro

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