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Os problemas como o do acampamento de ciganos de Almeirim não se resolvem pela força

O vice-presidente da Câmara Municipal de Almeirim precipitou-se e vai ter que rever a sua decisão. Em nenhuma parte do mundo se resolve um problema como o do acampamento (eu diria bairro clandestino) da zona industrial de Almeirim, dando um prazo de trinta dias às famílias para saírem do local.Segundo a notícia há pessoas que residem naquele bairro degradado há mais de oito anos. Se lá ficaram este tempo todo foi porque as autoridades, nomeadamente a gestão municipal, fecharam os olhos e deram autorização tácita para que isso acontecesse. Agora não podem pegar na lei e na GNR e expulsar aquelas famílias de um dia para o outro.Muitas cidades em todo o mundo viveram ou vivem problemas do género. O caso mais conhecido é o das favelas brasileiras. Mas Paris também teve os seus Bidonvilles, com emigrantes africanos e alguns portugueses, e Lisboa os seus bairros da lata. No distrito de Santarém, a cidade do Entroncamento teve que encontrar soluções, ao longo de décadas, para acabar com pequenos bairros de barracas onde se alojavam pessoas de etnia cigana.O senhor Pedro Ribeiro deve estudar as soluções adoptadas nos vários locais onde o problema existiu e encontrar uma outra saída. Provavelmente deve envolver o Governo, porque este assunto diz respeito a todo o país e a câmara de Almeirim não pode estar isolada. E deve tratar as pessoas com correcção e respeito mesmo que algumas delas não o mereçam. Afinal há muitas pessoas em Almeirim que, não sendo de etnia cigana também não são...respeitáveis.Rui Ricardo

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