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Fátima Torrão

Fátima Torrão

Gerente comercial, 49 anos, Castanheira do Ribatejo

Trabalho de segunda a segunda-feira, não fecho um dia o estabelecimento. Quando chega a meio de Novembro começo a abrir aos domingos à tarde. As pessoas exigem essa disponibilidade. Não podemos queixarmo-nos apenas de as pessoas só se dirigirem aos centros comerciais, quando o comércio de rua está fechado. * * *Deixei de acreditar nos políticos. Se não fossem mentirosos não eram políticos, até porque um político tem de ser mentiroso. Mas já que mentem, pelo menos que o fizessem bem e que vendessem bem o nosso país no estrangeiro.

O que é que não deixa de fazer nesta quadra de Natal?De trabalhar! Trabalho de segunda a segunda-feira, não fecho um dia o estabelecimento. Quando chega a meio de Novembro começo a abrir aos domingos à tarde. As pessoas exigem essa disponibilidade. Não podemos queixarmo-nos apenas de as pessoas só se dirigirem aos centros comerciais, quando o comércio de rua está fechado. Temos que acompanhar as transformações da sociedade.A iluminação de Natal em Vila Franca de Xira seria importante para os comerciantes?Acho gravíssimo não haver iluminação de Natal na cidade. Estão a fazer a Vila Franca o que faz o Governo: austeridade traz austeridade. Quando se diz que esta câmara não tem dívidas, não compreendo a opção de não se animar a cidade nesta época. Podiam ter falado com os comerciantes para colaborarem. Estou em crer que todos ajudavam. É um lapso tanto da câmara municipal como da associação de comerciantes. Com tanta austeridade ainda há espaço para a venda dos artigos de marcas conceituadas?Há sim, porque quando há austeridade as pessoas preferem comprar menos mas terem bom. Em vez de comprarem quatro ou cinco camisolas que não possam vestir no ano seguinte, preferem comprar uma duas de boas marcas, sabendo que vão durar muito mais do que dois ou três anos.Gosta de fazer um programa diferente na passagem de ano?Não ligo muito à passagem de ano. É aquele dia em que tenho a sensação de dever cumprido, de vestir o pijama e de ficar com casa com o meu marido a ver o que está a dar na televisão. É mesmo chegar àquele dia e pensar: “Hoje vou ter um dia de descanso!”.De que figuras públicas não gosta?Todos quantos façam parte do Governo ou da Assembleia da República. Deixei de acreditar nos políticos. Se não fossem mentirosos não eram políticos, até porque um político tem de ser mentiroso. Mas já que mentem, pelo menos que o fizessem bem e que vendessem bem o nosso país no estrangeiro.Qual é o seu maior medo?É o futuro do meu filho que tem 25 anos. Fez uma pausa nos estudos para arranjar um trabalho, porque viu que todos os colegas que terminaram os cursos ainda não arranjaram emprego. É o meu maior receio neste momento, o futuro dele.Os jovens passam tempo demais na internet?Acho que cada caso é um caso. Os pais não podem culpar a internet por se ter perdido um bocado o conceito da família. Quando não se sabe o que os filhos andam a fazer, quando em casa come cada um à hora que quer, é evidente que estamos a descartar as nossas responsabilidades de pais. É necessário haver diálogo familiar. Consegue-se saber como é uma pessoa pela forma desta se vestir? Não é por aquilo que a pessoa veste que se vê a maneira como é. Pela experiência de 25 anos atrás de um balcão, cada vez mais não é a roupa que faz uma pessoa.Há homens perfeitos?Não há pessoas perfeitas. Honestamente, acho que quando são muito bonitos têm algum problema técnico (risos). Eu comecei a namorar com o meu marido com 13 anos e estamos casados há 28 anos. Se isso acontece é porque se calhar somos perfeitos um para o outro.
Fátima Torrão

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