De empregada de loja a proprietária de um negócio de sucesso
Bruna Sousa criou uma empresa de venda de produtos de cosmética
A necessidade e a vontade de vencer foram os motores que impulsionaram Bruna Sousa, 26 anos, a criar o seu próprio negócio, na área das unhas de gel. Não esperava que o sucesso da “Nails Divine” fosse tão grande. Hoje tem duas lojas no país e uma academia onde se formam dezenas de profissionais todos os anos.
O segredo para se ter sucesso nos negócios é colocar sempre o cliente em primeiro lugar, apostar na inovação e sobretudo na qualidade dos produtos que se vendem. A opinião é de Bruna Sousa, jovem empresária que aos 26 anos diz ter cumprido o seu sonho: montar um negócio na área da cosmética e da beleza feminina. É sócia gerente da Nails Divine, empresa de Alverca que se dedica à venda de artigos de beleza feminina, particularmente unhas de gel, gel UV, acrílico e naturnails (verniz de gel).Como se concretizar o sonho não bastasse, o negócio está a crescer para lá do que sonhou e em apenas seis anos tornou-se num sucesso nacional e internacional, o que já lhe valeu na imprensa a alcunha de “rainha” das unhas de gel. Apesar de tudo parecer simples e fácil o percurso profissional de Bruna é feito de sacrifícios. Natural de Aveiras de Cima, concelho de Azambuja, teve o seu primeiro emprego num stand de automóveis. “Era uma grande responsabilidade, era a única funcionária e tinha de ter sempre tudo em ordem e, principalmente, tinha de vender alguns carros. O que também consegui fazer”, recorda. A falta de oportunidades de emprego em Aveiras de Cima aproximou-a da capital Lisboa e veio parar ao concelho de Vila Franca de Xira. Trabalhou em lojas de roupa e relógios, que lhe deram conhecimentos na relação com os clientes. Um dia, quando menos esperava, o desemprego bateu-lhe à porta.“Estive três meses desempregada, não foi muito tempo porque não consigo estar parada. Acabei por tirar uma formação na área de estética e unhas de gel, que na altura era uma área em crescimento em Portugal. Estávamos em 2006. Depois da formação ainda trabalhei em alguns salões e espaços de estética”, recorda. Nessa altura criou um blogue na internet onde foi partilhando as suas experiências, técnicas e produtos. Como em 2007 era difícil encontrar produtos de qualidade a preços acessíveis, começou a procurar fornecedores e a fazer experiências com os diferentes produtos. Foi nessa altura que nasceu a Nails Divine. “Foi um passo ousado abrir um negócio próprio aos 20 anos. Tive receios, claro, mas não nos podemos render a eles. Enfrentei desafios monetários, porque abrir uma empresa e ter um espaço físico requer um valor razoável. E deparei-me com muitas burocracias que me dificultaram a abertura do espaço. Mas consegui”, conta. A loja de Alverca cresceu, deu lugar a uma loja irmã em Vila Nova de Gaia para dar resposta à procura das clientes do norte do país e em 2012 abriu em Alverca uma academia que formou, até hoje, 220 pessoas na arte das unhas de gel. A loja online registou, no último ano, 5700 encomendas, a maioria no mês de Agosto. Isto apesar dos portugueses ainda serem “desconfiados” na hora de comprar pela internet. Hoje em dia o seu trabalho não passa por fazer unhas de gel nas clientes, mas antes por gerir todo o negócio, as equipas (emprega uma dezena de pessoas), relações com os fornecedores e a comunicação. Trabalha oito horas por dia. “O meu principal objectivo era trabalhar numa área que gostasse e com este projecto não me vejo a fazer outra coisa. Quando era criança já gostava da área de estética, dos cabeleireiros e da parte da beleza”, refere.Fazer umas unhas de gel demora, em média, uma hora e meia e aguentam de duas a três semanas, dependendo do cuidado investido na sua manutenção. “Infelizmente neste mercado há muita gente a fazer asneira, mas aos poucos temos tentado ver onde estão algumas pessoas que estão a errar e convidamo-las a melhorar na nossa academia. Costumo dizer que quando entram aqui têm a chance de mudar a vida, umas porque estão desempregadas outras porque não estão satisfeitas com o trabalho que têm”, conta. Apesar do quadro económico adverso estão duas vagas de emprego por preencher na empresa de Bruna há semanas sem que ninguém apareça. “Fiquei surpreendida com o rumo que a empresa tomou, estávamos à espera de alguma procura mas nunca algo desta dimensão. Tínhamos o objectivo de ser uma marca conhecida no mercado, isso conseguimos, mas foi tudo muito rápido e sentimo-nos bem por isso, tudo se deve ao nosso trabalho”, refere. Para a empresária, viver em Alverca é ter qualidade de vida. “É uma cidade onde temos tudo. No início estranhei porque vim de uma zona pacífica, mas ao fim de oito anos já me habituei a Alverca”, nota. Na opinião da responsável as mulheres não se preocupam demasiado com a imagem. “Isso deve ser visto de uma forma positiva. As mulheres cuidam-se mais e hoje a sociedade exige uma mulher cuidada”, conclui.
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