Presépios de sal
Com as mãos no sal encontramos Artur Jorge Ribeiro que acabava o Presépio Flor de Sal nas Salinas de Rio Maior. Tem a camisola salpicada pelo sal e as mãos gretadas. Algumas ferramentas básicas permitiram a este amante das artes dar vida às figuras de São José, Maria e do Menino Jesus. Esculpia as pernas do Menino Jesus quando o interrompemos, mas enquanto a conversa fluía olhava para o seu trabalho como que a admirar a obra de arte. O Presépio de Sal de Artur Jorge Ribeiro precisa de retoques todos os dias, porque a qualquer momento um pedaço pode desmoronar-se. “O tempo, o ambiente, o clima, tudo isso tem influência na obra e amanhã poderá estar no chão”, refere Artur Jorge Ribeiro. Para o artista o sal é um material que torna o trabalho desafiante. Nunca se sabe como se comporta com o passar do tempo. Uma coisa é certa, está-se ainda a aprender a trabalhar este produto que é retirado das salinas de Rio Maior. “O sal surpreende muitas vezes”, afirma este curioso e amante do mundo das artes. “É um material que é muito inconstante, porque apanhando humidade tem o perigo de fazer desmoronar as peças, porque perde a consistência”. Apesar das dificuldades inerentes é um desafio que certamente muitos artistas com gosto pela escultura irão ter interesse em experimentar. Artur Jorge Ribeiro é um dos participantes da iniciativa que vai na segunda edição dos Presépios de Sal. São 26 presépios a concurso e 37 no total que podem ser visitados por quem passar pelas Salinas de Rio Maior durante a época natalícia.Andreia Montez
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