Especial 25 de Abril | 16-04-2014 15:18

“Como autarca tenho obrigação de defender uma das grandes conquistas de Abril”

O 25 de Abril de 1974 é, para mim e para a maior parte dos portugueses, um acontecimento que ficará indelevelmente marcado na nossa história e memória como um dos mais belos sinónimos de Liberdade, um dos pilares fundamentais em que assenta o nosso sistema democrático.Democracia e Liberdade que hoje vivemos em Portugal porque um punhado de militares, no dia 25 de Abril de 1974, libertou o nosso país da mordaça da Ditadura, restituindo aos portugueses o sonho de um futuro mais solidário.Era na altura muito nova para ter a percepção de hoje sobre este dia. Não posso precisar se nesse dia estaria na escola ou em casa dos meus pais mas sei que só no final do dia tivemos noção que algo se passava no país. Recordo-me com algum detalhe de meses mais tarde estar com o meu pai no centro de Rio Maior, em manifestações de agricultores, provavelmente aquando da fundação da CAP.Só mais tarde tive consciência do papel de Rio Maior no período do PREC. Recebemos nessa época o epíteto de “Terra da Moca”, algo que ficará para sempre na nossa história enquanto comunidade, embora as acções que levaram a essa designação possam, no olhar distante da história, não ter sido as mais correctas.Hoje guardo na memória esses dias e os principais responsáveis pela revolução dos cravos e pelo período revolucionário que a ele se seguiu e, nem que seja somente para honrar essa memória e a dos imensos anónimos que, por todo o país, tiveram papel fundamental na implantação do sistema democrático que nos rege, cada um de nós tem a responsabilidade e o dever de contribuir para o seu aperfeiçoamento, melhorando-o dia após dia, perseguindo incessantemente o sonho que deu corpo às motivações dos heróicos Capitães de Abril.Para isso é essencial o interesse pelas questões de natureza política, para que os cidadãos possam escolher de maneira fundamentada as diferentes opções e projectos que lhes são apresentados pelos agentes políticos, tanto nos actos eleitorais, como na gestão da coisa pública.É, para mim, crucial para a qualidade da nossa Democracia que todos os cidadãos, sem excepção, participem activamente na discussão e na decisão dos assuntos que dizem respeito ao bem comum, e que o façam tanto no seio das famílias, como nas tertúlias, nas associações da sociedade civil, nas organizações políticas ou em qualquer outro palco que seja apropriado para esse fim.Como autarca tenho especial obrigação de defender uma das grandes conquistas de Abril, o poder local democrático. A tradição municipalista portuguesa só ganhou quando se abriu a todos a escolha dos seus líderes locais, dos representantes das freguesias e concelhos que nestes 40 anos assumiram a tarefa de, junto do poder central, reclamar mais e melhores condições de vida para os seus munícipes. Enquanto ocupar este cargo essa será uma das minhas principais preocupações, melhorar a qualidade de vida de quem em mim confiou para gerir os destinos de Rio Maior.

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