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Votante Serafim das Neves

No domingo à noite, assim que soube da retumbante vitória do PS nas eleições europeias, liguei a televisão na esperança de reencontrar velhos conhecidos aqui da região. Não me enganei. Lá estavam eles nas primeiras filas todos sorrisos e aplausos enquanto falava o chefe Seguro. Jorge Lacão e Idália Moniz que foram governantes no tempo do Sócrates eram dos mais entusiasmados com aquele cheirinho a Primavera.Hoje, enquanto te escrevo este e-mail, tento imaginar os sorrisos ainda mais rasgados e os aplausos ainda mais vibrantes dos mesmos, quando o chefe for António Costa. É por estas e por outras que eu admiro os nossos políticos. A sua maleabilidade natural. A sua capacidade de adaptação às situações mais complicadas sem nunca perderem a compostura. O seu sentido de missão. A sua disponibilidade permanente para, com sacrifício das suas vidas pessoais e profissionais, servirem o povo, assim que toca a campainha.Na noite das eleições também me lembrei muito daquele moço de Abrantes que é campeão do cálculo mental mas que teve negativa a matemática no segundo período por não conseguir explicar como chega aos resultados dos problemas. Tal como ele, eu também sofri por não saber explicar como chegava ao resultado certo de problemas complexos sem rabiscar qualquer conta no papel. Claro que entre mim e o crânio de Abrantes existe uma pequena diferença. Ele chega lá a calcular. Eu chegava onde chegava a calcabular. Quanto aos políticos não sei bem que contas fazem para chegarem à vitória final mas o que é certo é que todos conseguem lá chegar independentemente dos resultados alcançados. Mas é por conseguirem tais milagres que eles chegam onde chegam. Ao Parlamento Europeu, ao Parlamento Nacional, ao Governo e às administrações das grandes empresas. Quem consegue transformar uns magros 31,47% de votos numa grande vitória como fez o Tó Zé Seguro merece ou não merece um prémio? Aquilo é quase tão difícil como transformar água em vinho. E tu sabes bem a fama que Cristo ganhou ao fazer aquilo numa altura em que nem sequer havia televisões. As acrobacias matemáticas dos nossos políticos são um tema entusiasmante mas há outros assuntos empolgantes no panorama regional que também merecem destaque. A Câmara de Tomar aprovou uma licença para o uso de um carrinho Tuc-Tuc na cidade para transporte de turistas. Parafraseando o Paulo Futre, com aquela inovação ao serviço do turismo, vão chegar “charters” carregados de chineses à cidade do Nabão. E não faz mal haver apenas um Tuc-Tuc. Ao contrário dos portugueses, que ao fim de seis horas de espera na urgência de um hospital já estão a bufar como se lá estivessem há seis dias, os chineses aguentam o tempo que for preciso para terem o prazer de andar no Tuc-Tuc tomarense. Tu nunca ouviste falar da paciência de chinês? Por falar em hospitais, acabei de saber que os presidentes das câmaras municipais da Lezíria do Tejo querem correr com o administrador do Hospital de Santarém. Eu pela minha parte não tenho nada a opor, desde que os autarcas já tenham escolhido um substituto competente. E conhecendo como conheço os senhores presidentes, tenho a certeza que já trataram disso. Queres apostar? Um abraço vitorioso Manuel Serra d’Aire

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