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Cada professor tem em média dez alunos mas passa muito tempo a manter a disciplina

Cada professor tem em média dez alunos mas passa muito tempo a manter a disciplina

Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)
Em Portugal existe um professor a tempo inteiro para cerca de dez alunos, segundo o relatório anual da OCDE “Education at a Glance 2014”, que sublinha que este rácio nem sempre é sinónimo de turmas pequenas. De acordo com o relatório sobre educação divulgado na terça-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), os alunos portugueses têm mais professores a tempo inteiro do que a média dos 34 países da OCDE avaliados. Desde o 1.º ano até ao liceu, as escolas portuguesas surgem sempre com um rácio de um docente para um grupo que ronda os dez estudantes. Já a média da OCDE aponta para que nas escolas do 1.º e 2.º ciclos exista um professor para cada grupo de 16 alunos e, no ensino secundário, haja um docente para cada 13 estudantes.Conscientes de que o tamanho das turmas poderá preocupar os pais no momento de escolher a escola, os investigadores foram comparar o ensino público com o privado e perceberam que, em média, nos países da OCDE não existem grandes diferenças - “pode haver menos dois alunos”. No entanto, revela o relatório anual, os estudantes do privado têm, em média, mais uma hora de trabalho de casa semanal do que os alunos que frequentam o ensino público, sendo que no caso de Portugal a diferença ultrapassa a hora e meia por semana.Na maioria dos países analisados os professores passaram a estar mais tempo na sala de aula: em Portugal, o tempo de aula aumentou cerca de 20% entre 2000 e 2012 e em Espanha o aumento foi de 26%. Mas, estar mais tempo na sala pode não ser sinónimo de mais transmissão de conhecimentos, alerta o relatório, chamando a atenção para outro estudo de 2013 da OCDE que revela que, em média, os docentes passam apenas 79% do tempo a ensinar, sendo o resto do tempo para trabalho administrativo e para manter a ordem dentro da sala de aula. Portugal fica abaixo desta média, com os docentes a terem menos tempo para ensinar e a perderem mais tempo para garantir o bom comportamento dentro da sala.O relatório diz ainda que, em 2012, um em cada três docentes (36%) do liceu tinha pelo menos 50 anos. Nesta análise, os italianos surgem como o grupo dos profissionais mais experientes, já que mais de 60% tinha mais de 50 anos, enquanto Portugal surge entre os mais jovens, com apenas um pouco mais de 25% do total dos docentes a ter 50 ou mais anos. No entanto, o relatório aponta Portugal como um dos quatro países - além da Itália, Japão e Coreia - onde se registou um aumento de, pelo menos, dez pontos percentuais em apenas uma década do grupo de docentes com pelo menos 50 anos.As mulheres continuam a ser uma maioria nesta profissão, representando dois terços de quem dá aulas no secundário, mas a sua presença vai diminuindo consoante se avança no nível de ensino: na pré-primária representam 97% dos profissionais e no superior representam apenas 42% dos docentes.
Cada professor tem em média dez alunos mas passa muito tempo a manter a disciplina

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