A segunda fase de candidaturas ao ensino superior está a decorrer até sexta--feira, 19 de Setembro. O início do concurso foi dia 8 de Setembro. Os resultados serão conhecidos no dia 25. Na primeira fase foram colocados em Universidades e Politécnicos, quase 38 mil candidatos dos 42.408 que concorreram. A concurso vão as vagas que sobraram da 1.ª fase, as vagas ocupadas na 1.ª fase nas quais não se concretizou a matrícula, vagas libertadas em resultado de recolocações rectificações na 1.ª fase e as vagas adicionais criadas para a 2.ª fase nos termos do regulamento do concurso nacional de acesso. Podem candidatar-se todos os estudantes não colocados na 1.ª fase ou aqueles que, tendo sido colocados, pretendam concorrer de novo, ou que, apesar de colocados na fase inicial, não se inscreveram ou matricularam. Aos candidatos que concorram na 2.ª fase depois de já terem ficado colocados na 1.ª fase é atribuída a segunda colocação obtida, sendo anulada a inscrição e matrícula da primeira.As vagas preenchidas na 1.ª fase nas quais não se matriculem os colocados são divulgadas no portal da Direcção-Geral do Ensino Superior a 17 de Setembro, sendo possível aos estudantes que já tinham apresentado candidatura alterá-la, desde que o façam até 19 de Setembro, data em que termina o prazo de candidaturas.Quase 90% dos 42.408 candidatos a um lugar no ensino superior público conseguiram colocação nas universidades e politécnicos na 1.ª fase do concurso de acesso, mas houve menos colocados na 1.ª opção do que em 2013.No ano em que o número de candidatos em relação ao ano anterior aumentou pela primeira vez desde 2008 - houve mais 1.989 candidatos em 2014 do que em 2013 (40.419) - aumentou também o número de colocados na 1.ª fase em relação ao ano anterior, ainda que de forma ligeira. De acordo com a informação divulgada pela Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), este ano conseguiram lugar nas universidades e politécnicos 37.778 candidatos, apenas mais 363 do que os candidatos colocados na 1.ª fase do concurso de acesso em 2013. Por ocupar ficaram 13.168 lugares, menos 1.008 vagas do que em 2013.Politécnicos contribuíram para crescimento de colocações na primeira fase O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), destacou o crescimento global dos candidatos ao ensino superior em 2014 esperando que “seja um ano de viragem”. Joaquim Mourato lembra o papel dos politécnicos nesse crescimento. “(...) a totalidade do crescimento dos colocados este ano, em todo o ensino superior, deve-se exclusivamente às instituições politécnicas. O crescimento foi de 379 estudantes, que absorve a totalidade do aumento dos colocados neste ano. Por outro lado houve um crescimento muito acentuado de escolha dos estudantes para cursos do politécnico como primeira opção, mais 938 estudantes, o que significa um crescimento de cinco por cento”,.O presidente do Conselho Coordenador espera que a procura dos Politécnicos se mantenha na segunda fase. “Temos mais candidatos este ano e temos mais colocados, embora tenha ainda ficado um número muito significativo - 4.630 estudantes - por colocar. Estamos ainda na expectativa dos que se irão apresentar na segunda fase do concurso nacional, na sequência da segunda chamada dos exames”, ressalvou Joaquim Mourato.No entanto, apontou um resultado menos positivo, a área das engenharias, mas que “não surpreendeu” o CCISP. “Mais uma vez, esta área regista péssimos resultados, que não correspondem minimamente às necessidades do país”, lamentou, acrescentando que Portugal, “para se desenvolver e industrializar, precisa de quadros nestas áreas, e efectivamente não há candidatos”. Joaquim Mourato alertou que “o país vai pagar a curto prazo por esta situação” e fez um apelo ao Governo no sentido de “reverter” a situação, que no entender do CCISP “é estrutural, que atinge todas as instituições”.