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Gameiro reeleito para Distrital do PS

O actual presidente da Federação Distrital de Santarém do PS, António Gameiro, venceu no sábado, 6 de Setembro, as eleições para este órgão, que disputou contra Maria do Céu Albuquerque, conseguindo 507 dos 807 votos de militantes do distrito.A lista de António Gameiro, que apoia António José Seguro, conseguiu eleger 141 delegados ao congresso, tendo a lista de Maria do Céu Albuquerque, com 357 votos, eleito 54 delegados.No sufrágio, que decorreu em dois dias, votaram 807 dos 1.135 militantes, estando o congresso distrital de Santarém do PS marcado para dia 20 de Setembro, no Cartaxo.“Quero dar os parabéns à candidatura vencedora, em particular ao camarada António Gameiro. Depois, gostaria de agradecer a todos os militantes do PS do distrito de Santarém que participaram nestas eleições. Muitos deles confiaram no nosso projecto, dando-lhe uma expressiva votação. Estaremos aqui para dignificar o nosso partido, como sempre fizemos ao longo deste processo. Mobilizámos Santarém, com elevação, ideias e debate democrático, trazendo de volta à participação cívica muitas e muitos militantes e simpatizantes do PS”, afirmou em comunicado Maria do Céu Albuquerque após serem conhecidos os resultados.OpiniãoO António ganhou as eleições à MariaAs eleições para a federação distrital do PS deixam um sinal que vale a pena ter em conta. Os dois candidatos têm missões diferentes na política e um trabalho que não se compara. António Gameiro (AG) é um dirigente local sem responsabilidades autárquicas dignas de registo e Maria do Céu Albuquerque (MCA) é uma presidente de câmara com a responsabilidade de liderar a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. Só nesta instituição tem mais trabalho num dia que um deputado da nação num mês. AG pertence ao velho lobby do PS que trabalha mais em Lisboa que na região. MCA não foi à luta para vir a ser deputada, ou ficar em posição privilegiada para ser deputada, a confiar na sua palavra, e passa a vida em trabalho de proximidade.Se a lógica não fosse uma batata MCA tinha ganho estas eleições a brincar. O PS precisa de gente credível e com trabalho no terreno e AG é um advogado como muitos outros que pululam na Assembleia da República à espera de um lugar ao sol ou, melhor dito neste caso, debaixo do sol à espera que ferva. Fui ao lançamento de um livro deste advogado numa sala da Assembleia da República e nunca assisti a tanta vaidade e cagança. O AG que eu conheço é um sujeito político do PS a nível nacional e só perde tempo com as questões regionais quando lhe sobra tempo. E é daqueles que se for preciso vai dar um mergulho no Tejo ou no Zêzere mas a sua praia é a do Guincho.MCA quis conquistar a distrital sem trabalhar muito e sem preparar o terreno chamando para o seu lado os dirigentes concelhios, não só aqueles que moram na sua rua e na sua linda cidade, como todos os outros que fazem a diferença. Ainda tentou mas foi muito tarde. E bem podia ter dispensado a companhia dos trolhas do costume, como é o caso do humorista António Rodrigues, de Torres Novas. Ganhar a distrital do PS ao AG e ao Paulo Fonseca é mais fácil que ir a Fátima a pé mas muito mais difícil que tomar conta do Castelo de Abrantes.As derrotas políticas não envergonham mas era bom que começassem a envergonhar. O que se passa no seio do PS é mau demais para ser verdade num país onde as pessoas falam cada vez mais de Salazar e das suas virtudes como Homem. JAE

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