Governo promete obras para breve na encosta de Santa Margarida em Santarém
Laboratório Nacional de Engenharia Civil não garante segurança das barreiras de Santarém e alerta que obras são urgentes, confirmando aquilo que a natureza já se tinha encarregado de demonstrar por diversas vezes, a última das quais a 16 de Agosto quando um deslizamento de terras levou ao encerramento ao trânsito da EN 114.
A encosta de Santa Margarida, onde ocorreu um deslizamento de terras na madrugada de 16 de Agosto, vai ser alvo de intervenção em breve. A informação foi dada pelo presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), que diz ter recebido a garantia que o Governo vai “em breve” anunciar ao município qual a fonte de financiamento para uma intervenção com vista à estabilização da encosta. O autarca recebeu essa informação na reunião realizada com o secretário de Estado das Infra-estruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro. A novidade foi dada dias depois do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) ter confirmado aquilo que a natureza já se tinha encarregado de demonstrar ao longo dos últimos anos: a intervenção para estabilização das encostas de Santarém é urgente e não é possível, nas actuais condições, garantir a segurança da Estrada Nacional 114, que continua encerrada ao trânsito desde 16 de Agosto, quando uma barreira deslizou desde as traseiras do Teatro Rosa Damasceno até essa via.O relatório realizado aquando da campanha de monitorização das encostas da cidade, feita entre Setembro de 2013 e Abril de 2014, foi apresentado no dia 3 de Setembro em Santarém e reafirma a necessidade de se actuar imediatamente nas barreiras. Uma reivindicação que a Câmara de Santarém e outras entidades têm lançado nos últimos anos junto do Governo e que não tem sido acolhido devido à falta de financiamento.Na reunião de 3 de Setembro com membros da Câmara e Assembleia Municipal de Santarém, Francisco Salgado, do LNEC, sublinhou a urgência de se intervir no local, considerando que pelo menos quatro das 16 encostas que delimitam o planalto citadino estão identificadas como instáveis.O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), diz que devido à derrocada na encosta de Santa Margarida foi já pedida uma actualização do projecto de estabilização das encostas, que custou cerca de 400 mil euros. O autarca refere que a intervenção global, orçada em 20 milhões de euros (incluindo expropriações), terá de ser executada de forma faseada, estimando que ela possa ocorrer num prazo de cinco anos. Resta saber quando começa, estando as obras dependentes de financiamento da União Europeia.O técnico do LNEC explicou ainda na mesma reunião que a monitorização das encostas só é feita de forma sistemática e continuada na encosta das Portas do Sol por determinação da Refer - Rede Ferroviária Nacional, devido ao risco de derrocada sobre a linha férrea do Norte.
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