Recolha do lixo é um dos maiores problemas no concelho do Cartaxo
Presidente da câmara municipal diz que é necessário recorrer à contratação de pessoas no Centro de Emprego para tentar resolver a situação.
A falta de limpeza e a deficiente recolha de lixo em todo o concelho do Cartaxo é um dos maiores problemas com que o município se debate actualmente. E só poderá ser resolvido com a contratação de pelo menos 24 pessoas através do Centro de Emprego. A opinião é do presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), e é a sua resposta às críticas da população que não gosta de ver o lixo “muitos dias” por recolher. Alguns cidadãos têm mesmo manifestado o seu descontentamento nas reuniões do executivo municipal.Basta circular um pouco por todo o concelho para constatar a realidade. Os caixotes do lixo estão cheios e os sacos já se acumulam no chão. Também a vegetação no espaço público está cada vez maior. Só para dar um exemplo, o caminho pedonal construído desde a entrada da cidade até à Quinta das Pratas, pela circular urbana, está cheio de vegetação que não é cortada há muito tempo. “Vamos levar este assunto à próxima reunião da assembleia municipal (realiza-se em Setembro) para que seja aprovada a contratação de pessoal através do Centro de Emprego. Vamos tentar que comecem a trabalhar já em Outubro”, afirmou Pedro Ribeiro na última reunião do executivo camarário.O presidente explicou ainda que actualmente não existe serviço de recolha de monos (resíduos de grandes dimensões), o que tem provocado o aumento de lixo pelas ruas do concelho. Há cerca de dois meses a Câmara do Cartaxo optou por terminar o contrato com a empresa SUMA (Serviços Urbanos e Meio Ambiente), considerando que assim iria poupar dinheiro. Por isso a empresa de recolha de lixo deixou de fazer o serviço. A alternativa encontrada foi recorrer a viaturas municipais para fazer esse serviço. Esta seria uma solução temporária uma vez que está a ser estudada uma solução conjunta entre todos os municípios da Lezíria do Tejo para se fazer um serviço de recolha de lixo a nível intermunicipal. O problema é que a frota da Câmara do Cartaxo é muito antiga e, por isso, algumas viaturas têm tido avarias, o que afecta a recolha de lixo.Pedro Ribeiro explica que estão a tentar solucionar o problema da recolha de lixo mas que enquanto não contratarem novos funcionários vai ser difícil resolver a situação. “Estimamos que até final do ano haverá soluções por isso achamos que não vale a pena abrir concursos para contratar uma empresa por seis meses”, explicou. Cartaxo deve quase dois milhões de euros à Resiurb O município do Cartaxo deve cerca de um milhão e novecentos mil euros à Resiurb -Associação de Municípios para o Tratamento de Resíduos Sólidos, tendo aumentado a dívida que em 2012 era de um milhão de euros. Pedro Magalhães Ribeiro justificou o aumento da dívida com o facto de haver credores mais compreensivos que outros. “Temos que fazer planos de pagamentos com todos os credores. Com aqueles que se mostram mais compreensivos temos adiado o pagamento para quando tivermos verba para pagar”, explicou o presidente do município em reunião de câmara.Em Fevereiro de 2012 os municípios que integram a empresa intermunicipal Ecolezíria, que gere o aterro sanitário da Raposa (Almeirim) decidiram proibir a entrada de resíduos do Cartaxo no equipamento se as dívidas não fossem pagas. Em Junho de 2010 a câmara já tinha sido ameaçada de ficar impedida de depositar resíduos no aterro por causa das dívidas. Na altura, a câmara devia ao aterro 980 mil euros e o presidente de então, Paulo Caldas, garantia que o valor seria saldado a curto prazo. Para evitar o embargo, a autarquia fez um pagamento mas apenas saldou metade da dívida e daí para cá nunca mais pagou qualquer montante. Integram a Resiurb os municípios de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Coruche e Salvaterra de Magos.
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