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Elsa Rodrigues

Elsa Rodrigues

Empresária, 45 anos, Alverca do Ribatejo

“Era capaz de emigrar se tivesse de ser. Mas para um país europeu, sobretudo para os países nórdicos. A Dinamarca deve ser um bom país para se viver mas a língua seria o principal problema”“Sou muito stressada no trânsito. Falo alto mas falo sozinha, digo-as para mim, não ando a virar-me para as pessoas aos gritos”“As políticas do Governo estão completamente erradas porque não é assim que se tratam as pessoas. Houve muita gente a confiar nele e ele enganou toda a gente. As pessoas estão muito desiludidas com o que está a acontecer. A frustração é generalizada”

Hoje em dia é uma dor de cabeça ter um miúdo a estudar?É um bocadinho. Os pais queixam-se e com razão. Os miúdos que estão no quarto ano entram logo no campo informático e muitos dos trabalhos que têm de apresentar já têm de ser em suporte informático o que começa logo a gerar algumas despesas para os pais. Além disso o material escolar é um bocado caro. Mas também há aproveitamento nesta altura do regresso às aulas, pois as grandes superfícies sobem sempre os preços. É preciso saber gerir e antecipar, não esperar pelas campanhas que às vezes não são a melhor opção. Que fazia se fosse a um país estrangeiro e o taxista do aeroporto a enganasse?Reclamava com ele e fazia queixa. Isso não se faz, é uma falta de ética, é imoral e dá um mau aspecto para quem chega ao país. Chegar a Portugal e começar a ser enganado não é muito agradável. Uma noite romântica tem de ser à luz das velas ou pode ser num concerto rock?Pode ser das duas formas, depende de quem canta e depende do jantar (risos). Mas ambas podem ser românticas. Se me desafiassem para participar numa actividade radical, talvez alinhasse em canoagem, bunging jumping é que não... (risos) Quando fica presa no trânsito diz asneiras?Sim, sou muito stressada no trânsito. Falo alto mas falo sozinha, digo-as para mim, não ando a virar-me para as pessoas aos gritos.Férias de sonho é no campo ou na praia?Tem de ser na praia, de preferência em praia exótica, nas Seychelles, por exemplo. Não acho aborrecido ficar todo o dia na praia. Ficando à sombra, com um refresco, é muito agradável.Se o primeiro-ministro entrasse na sua loja o que lhe dizia?Vendia-lhe os tinteiros mas não lhe fazia desconto. E teria de ouvir algumas coisas que tenho para lhe dizer. Não seria mal educada. Mas dizia-lhe que as políticas que ele tem aplicado me têm prejudicado bastante, sobretudo ao nível da minha vida pessoal, e a das outras pessoas. As políticas estão completamente erradas porque não é assim que se trata as pessoas. Houve muita gente a confiar nele e ele enganou toda a gente. As pessoas estão muito desiludidas com o que está a acontecer. A frustração é generalizada. Nas festas da Póvoa é pessoa para saltar para a frente dos toiros?Não! Já assisti quando era miúda. O meu pai é fã das largadas de toiros do Colete Encarnado. Mas depois isso passou. Na festa talvez gostasse de um ou dois concertos, mas o programa não fez o meu gosto. Mesmo assim acho que é uma festa importante para dar oportunidade às pessoas de se reencontrarem e se juntarem a conviver um bocadinho.Se fosse eleita presidente da câmara qual era a sua prioridade?A educação, pois acho que é um sector que está a falhar muito. As escolas estão muito desfalcadas e precisam de mais meios. A saúde também é outro problema, mas esse é mais generalizado e tem a ver com o país. Não faz sentido alguém ter de se levantar de madrugada para ter uma consulta no centro de saúde de Alverca. Em Portugal as médias são muito altas para termos mais médicos. Qual é o remédio para esse problema?Acho que a solução passava por baixar os valores que são necessários para entrar numa faculdade de medicina. Se temos estudantes de 14 e 15 valores a conseguir serem médicos em Salamanca (Espanha) também conseguiam entrar cá em Portugal com 16 ou 17 valores. Estudavam na língua nativa e lidavam com as nossas realidades e problemas e não com as realidades estrangeiras. E depois é preciso motivar os médicos de outra forma. Seria capaz de emigrar?Era capaz de emigrar se tivesse de ser. Mas para um país europeu, sobretudo para os países nórdicos. A Dinamarca deve ser um bom país para se viver mas a língua seria o principal problema.
Elsa Rodrigues

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