Na sexta-feira à noite, na altura de votar um dos assuntos incluídos na Ordem de Trabalhos da Assembleia Municipal da Golegã, o presidente da Mesa, Veiga Maltez, avisou que iria esperar até estar na sala o presidente da Junta de Freguesia do Pombalinho, que se tinha ausentado temporariamente, para ir à casa-de-banho. O autarca, que também é médico, justificou a espera alegando que o ausente poderia estar com uma gastroenterite. Um eleito ainda alegou que a espera não fazia sentido uma vez que havia quórum mas prevaleceu a decisão do presidente e médico. O pior foi que, no decurso da espera, saíram mais dois eleitos, não se sabendo se para irem à casa de banho ou para irem fumar. Os protestos multiplicaram-se mas a decisão foi mantida. A votação para autorizar a câmara a contrair um empréstimo bancário, seria feita quando todos os ausentes regressassem. “Temos que ser solidários”, justificou Veiga Maltez. Perante tal declaração, um outro eleito anunciou uma ida à casa-de-banho, na altura em que regressavam à sala os dois elementos que tinham saído.Regressado à sala, o presidente da Junta de Freguesia do Pombalinho ficou espantado por estarem todos à sua espera e mais espantado ficou quando, também ele, agora do lado dos presentes, teve que esperar pelo último ausente. No final a votação foi feita e a autorização para o empréstimo foi aprovada... por unanimidade.