uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Um grupo de forcados não serve só para pegar toiros

Um grupo de forcados não serve só para pegar toiros

Diogo Romão, 26 anos, elemento do Grupo de Forcados Amadores de Tomar que percorreu mais de dois quilómetros a pé segurando o andor de Nossa Senhora da Piedade sob os ombros, era, no domingo, 21 de Setembro, um homem carregado de fé. Foi a primeira vez, em muitos anos, que os forcados carregaram o andor rumo à capela lá no alto. A oportunidade surgiu porque o novo cabo do grupo, Marco Fernando, já costumava participar nesta procissão mas a cavalo. “Fizeram-lhe o convite e aceitou para que as pessoas nos fiquem a conhecer melhor. Um grupo de forcados não serve só para pegar toiros”, contou. O forcado, natural da Azinhaga (Golegã), e que integra o grupo há dois anos, aproveitou a romaria para pedir protecção para si e para a sua família. “Isto de ser forcado tira muito tempo à nossa família. Quando tudo corre bem é bom mas quando corre mal aí já é pior”, diz, recordando que no dia em que a filha, Mariana, completou um ano foi parar ao hospital com um ombro partido durante um treino. Acrescentou ainda que, de agora em diante, vão ser sempre os forcados a levar o andor, facto que os enche de orgulho. Aliás, foi tudo diferente este ano. O “Círio de Nossa Senhora da Piedade”, como era designado até aqui, passou a chamar-se “Romaria” e os participantes da procissão, que todos os anos se realiza no mês de Setembro, em Tomar, não subiram a longa escadaria rumo à capela entoando cânticos ou rezas e com as fogaças à cabeça. A fé, essa, continua inabalável. Elsa Ribeiro Gonçalves
Um grupo de forcados não serve só para pegar toiros

Mais Notícias

    A carregar...