Falsos alarmes de “vespas assassinas” dão que fazer aos Bombeiros de Abrantes
Em três semanas os soldados da paz já foram a cinco ocorrências mas em nenhuma foi detectada a espécie mais perigosa.
Os Bombeiros de Abrantes foram chamados cinco vezes nas últimas três semanas para eliminar ninhos de vespa velutina - conhecida como “vespa assassina”, pois ataca as outras vespas e as colmeias de abelhas - mas não se confirmou serem insectos dessa espécie. O comandante da corporação, António Manuel Jesus, diz que se tratava de vespas europeias e alguns ninhos foram queimados por razões de segurança. A mais recente ocorrência registou-se em Vale Mansos no dia 21 de Setembro, quando populares ligaram para o quartel a dar conta que se encontrava nas imediações das casas um ninho de “vespa assassina”. Foi enviada para o local uma equipa num veículo de combate a incêndios e estiveram presentes elementos da GNR. Depois de analisadas as vespas verificou-se que não se tratava da velutina, que é originária da China, salienta o comandante. Dois dias antes os bombeiros também tinham sido chamados à zona de Meirinho, Bemposta, onde verificaram a presença de três ninhos de grandes dimensões mas de vespas europeias. O ninho em Vale Mansos foi queimado por uma questão de protecção dos moradores pois algumas pessoas já tinham sido picadas. Os bombeiros já destruíram também ninhos no Tramagal e no sótão de uma casa em Alferrarede. Normalmente os bombeiros recorrem à ajuda de apicultores que queimam os ninhos com maçaricos a gás. Mas quando tal não é possível queimam os ninhos com trapos embebidos em combustível. Para o comandante este número anormal de chamadas terá a ver com notícias recentes sobre a detecção de vespas dessa espécie no norte do país. António Manuel Jesus sublinha que os bombeiros têm formação para saberem detectar a espécie que tem uma dimensão superior às mais comuns, uma cabeça preta com face laranja amarelada e um corpo castanho-escuro ou preto aveludado. Se forem encontradas estas vespas os bombeiros têm de queimar os ninhos e enviar um impresso com a localização e outros dados para a Direcção-Geral de Veterinária.
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