Os portugueses ainda confiam nos bancos?As pessoas confiam nas pessoas que trabalham nos bancos. Hoje, mais do que nunca, os clientes querem a pessoa certa para falar dentro dos bancos. Há clientes que vão atrás dos colaboradores. Todos os clientes, regra geral, estão assustados e com algum receio, apesar de saberem que há instituições com maior propensão ao risco do que outras.Se tivesse oportunidade de falar com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o que lhe diria?Diria que a carga fiscal do país é enorme e convidava-o a viver com um salário normal de um cidadão português para ele realmente perceber as dificuldades que as pessoas passam em Portugal. Admiro o esforço que muitas famílias fazem com os salários que têm. Só o custo de um livro escolar, por exemplo, é assustador.De quem é a culpa das alterações climáticas que se fazem sentir no planeta?A culpa é de todos. Para o nosso conforto, esquecemo-nos do quanto estamos a prejudicar o planeta. Somos egoístas porque só pensamos em nós e naquilo que é bom para nós e não nos lembramos do mal que estamos a fazer à ‘casa’ onde vivemos. Agora já estamos a pagar pelo mal que temos feito. Este ano praticamente não houve Verão, deixou de existir clima de Primavera e Outono e se for preciso vamos ter um Inverno com temperaturas elevadas. Quando chove cai com muito mais intensidade. E a tendência é a piorar porque a poluição é cada vez maior.Que estação do ano prefere?O Inverno. Só gosto de calor quando estou na praia. Não lido muito bem com o calor quando tenho que trabalhar. Aprecio o frio e a chuva não me incomoda. Gosto de estar à lareira e ser eu a mexer no lume.Qual é a sua viagem de sonho?Ainda está a ser planeada mas um dia vou conhecer a Patagónia, que fica entre a Argentina e o Chile. Estou a guardar essa viagem para uma ocasião especial ou para a comemoração de uma data. Tenho que esperar que as minhas filhas cresçam e não estejam tão dependentes dos pais para podermos viajar descansados, porque terá que ser uma viagem de duas semanas para conhecer bem o local.Do que não prescinde de fazer durante a semana?De praticar desporto. Sempre joguei futebol, a nível federado. Joguei 13 anos na União de Santarém, passei pelo Fazendense, Rio Maior, Coruchense. Aos 33 anos tive que optar porque o futebol não era compatível com o trabalho. Continuo a ser guarda-redes da velha guarda da União de Santarém e estou a treinar os guarda-redes da Académica.Quem vai ser o próximo campeão nacional de futebol?Sou adepto fervoroso do Sporting e adoro ir ao estádio ver os jogos de futebol. Não falho um jogo em Alvalade. Realisticamente acho que o Futebol Clube do Porto será o próximo campeão, mas aquilo que eu mais desejava era que fosse o Sporting.De que objecto não se consegue separar?Infelizmente, do telemóvel. Nas férias fizemos um desafio em família de não levar o telemóvel para a praia. Consegui cumprir mas quando chegávamos a casa, ao final da tarde, a primeira coisa que fazia era ver o telemóvel. Dá a sensação que quando não temos o telemóvel connosco toda a gente nos telefona. É um vício.Gosta mais de cozinhar ou de degustar os petiscos?Já gostei mais de comer do que de cozinhar. Ultimamente, comprei uma máquina que faz tudo e comecei a fazer uns cozinhados. E até me tenho saído bem. É mais simples. Sem ela fica tudo mais complicado. No entanto, cozinhar tradicionalmente a comida sai mais apurada. A minha especialidade são as quiches.É adepto das redes sociais?Tenho uma conta no Facebook mas não sou grande utilizador. Fiz a conta para ver as fotografias das almoçaradas e jogos de futebol que faço com os amigos. Mas vou lá muito esporadicamente. Não sou viciado e acho que a maioria das pessoas que utiliza o facebook utiliza-o mal. Há excesso de informação e há uma parte da nossa vida que tem que continuar a ser só nosso.