uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Grémio Povoense festeja 125 anos

Grémio Povoense festeja 125 anos

Centro Cultural Fernando Augusto vai marcar nova etapa na história de uma das colectividades mais emblemáticas da Póvoa de Santa Iria, parte integrante e importante da vida de muitos habitantes da cidade.

O Grémio Povoense vestiu-se de gala para comemorar no domingo, 5 de Outubro, mais um aniversário. São 125 anos a servir a população oferecendo cultura e entretenimento, construindo relações humanas e solidificando os laços que unem uma comunidade. Prova disso foi a entrega dos emblemas e certificados dos 25 e 50 anos de filiação a vários sócios, que antecedeu os discursos oficiais. No discurso de abertura da cerimónia, o presidente da colectividade, Rui Benavente, fez um breve balanço dos anos passados e centrou as suas palavras no presente e futuro próximos daquela que é uma das mais emblemáticas colectividades da Póvoa de Santa Iria. “Em 5 de Dezembro próximo vamos inaugurar o Centro Cultural Fernando Augusto, nas instalações contíguas a este salão onde nos encontramos, concretizando assim uma ambição antiga”, referiu Rui Benavente, que deixou clara a necessidade do apoio e adesão do público ao novo projecto cultural.“Aos custos das obras de recuperação do espaço e aos custos de manutenção do novo espaço tem de corresponder uma participação activa da nossa população, pois as obras custam dinheiro e sem dinheiro são raríssimos os projectos que conseguem vingar”, afirmou, fazendo questão de sublinhar uma característica não negociável da sua gestão à frente dos destinos da colectividade: “Quero que todos saibam que na minha presidência não endividarei o Grémio em circunstância nenhuma. Se houver dinheiro para fazer as coisas elas fazem-se, se não houver dinheiro não contraírei dívidas para as fazer”. Também o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, salientou a importância do novo espaço e fez um rasgado elogio à capacidade demonstrada pela colectividade na concretização desta nova oferta cultural. “É assim que se faz a diferença, com trabalho, dedicação e empenho”, disse o autarca, que não fugiu a abordar a questão do estacionamento na zona, ainda por resolver. “Já começámos a negociar com a família Bessa com vista à utilização do seu terreno. Vamos ver se o dinheiro dá e se conseguimos encontrar uma solução justa” afirmou Alberto Mesquita.Terminados os discursos foi tempo da festa propriamente dita, com um programa preenchido com o desfile das diversas manifestações artísticas formadas na colectividade como a escola de viola, as danças de salão, o grupo de teatro, a marcha popular ou a banda filarmónica, que passaram todos pelo palco da festa para um ar da respectiva graça. O desfile teve início com a apresentação do grupo musical Flor de Chá, cujo reportório teve o condão de animar não só a sala mas também o próprio presidente da Câmara de Vila Franca, que não resistiu a dar um pezinho de dança com a vocalista da banda para ajudar à animação. Histórias de vida que se cruzam com a vida do GrémioNo final da tarde foi servido um Porto de Honra e uma fatia do bolo de aniversário a todos os convidados, entre os quais se podiam encontrar alguns dos sócios mais antigos do Grémio Povoense, como Carlos Fontana, massagista desportivo e figura típica da colectividade. “Sou sócio há uns 57 anos, creio, não sei dizer-lhe com precisão mas sou dos mais antigos, certamente”, diz à nossa reportagem, recordando alguns momentos felizes que ali viveu ao longo da sua vida. “Isto aqui foi sempre a minha casa. Casei aqui, veja só! Foram três dias de festa seguidos sem parar”, recorda emocionado. Tal como Mário Lúcio, outra figura incontornável do associativismo da Póvoa e também um dos mais velhos sócios do Grémio, actualmente presidente do conselho fiscal da colectividade: “Fui director desta casa durante dez anos, agora faço o que posso e o que a saúde permite. Olhe, fui eu que consegui desbloquear a situação das novas instalações do Centro Cultural Fernando Augusto e que negociei a venda do espaço por um euro, aqui neste mesmo banco onde estamos sentados agora, à porta do Grémio” afirma, visivelmente orgulhoso da sua paixão. E com bons motivos de orgulho, diga-se, pois se houve algo que ficou bem evidente nesta festa de aniversário do Grémio Povoense foi a dedicação e o carinho generalizado por parte dos presentes para com aquela colectividade que faz parte das vidas de todos e que em todos deixou memórias felizes ao longo dos anos.
Grémio Povoense festeja 125 anos

Mais Notícias

    A carregar...