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Ânimos exaltados na última sessão da assembleia de freguesia em Vila Chã de Ourique

PS fala em “terrorismo político” e vai impugnar sessão junto do tribunal e apresentar queixa-crime contra eleitos do PSD e movimento independente.

A última sessão da Assembleia de Freguesia de Vila Chã de Ourique, concelho do Cartaxo, realizada na noite de 29 de Setembro, decorreu num clima de grande exaltação e discussão. Logo no início da sessão, convocada pelos eleitos do PSD e Movimento Independente Paulo Varanda (MIPV), foi proposta, por um eleito do PSD, a constituição de uma mesa ad-hoc, eleita por maioria e que passou a coordenar os trabalhos. Dília Canais (PSD) foi eleita presidente da mesa juntamente com o seu colega de partido Domingos Alves e Maria Helena Góis (MIPV).Esta decisão foi muito contestada pelos socialistas, com alguns a apelidarem o caso de “golpe de Estado” e outros pediam que se chamasse a GNR, o que não veio a acontecer. Os eleitos do PS saíram da sala, não participando no resto dos trabalhos, nem na votação da mesa. “Isto é antidemocrático. É uma vergonha e um atentado aos ouriquenses”, referiu um membro do PS. Em comunicado, o PS diz que os eleitos do PSD e do Movimento Paulo Varanda são “terroristas políticos” por “tentarem assaltar o poder em Vila Chã de Ourique”, concelho do Cartaxo.Alegam os socialistas que os eleitos impediram a presidente da junta de intervir e elegeram ilegalmente a mesa da assembleia. O PS diz que vai impugnar a sessão junto do tribunal e vai apresentar queixa-crime. Os socialistas recordam também que “a lei é clara e diz que só no caso da presidente da junta não convocar a assembleia de freguesia é que dá o direito aos requerentes de a convocarem directamente”. Os eleitos do PSD e do MIPV dizem, por sua vez, que este “impasse leva a que não exista um orçamento a vigorar em 2014; a actividade de gestão corrente do executivo não pode ser apreciada e fiscalizada pela assembleia de freguesia; e a junta de freguesia não pode assinar acordos de colaboração com a câmara municipal para desenvolvimento da sua acção em Vila Chã de Ourique”, criticam em comunicado.Esta freguesia é a única do distrito de Santarém que ainda não resolveu o impasse de formar um executivo. Um ano passado sobre as eleições autárquicas, as várias forças políticas com assento na assembleia de freguesia ainda não se conseguiram entender e o braço de ferro parece estar para durar. A presidente da junta eleita, Maria da Conceição Nogueira (PS), quer ter maioria absoluta no executivo (composto por si e por mais dois elementos) e considera que já cedeu a sua parte ao aceitar como primeiro secretário um elemento da oposição - Carlos Albuquerque, cabeça de lista do Movimento Pelo Cartaxo - que foi eleito numa das várias sessões da assembleia em que se tentou desbloquear a situação.Maria da Conceição Nogueira ganhou as eleições na freguesia de Vila Chã de Ourique com apenas 17 votos de vantagem sobre o candidato do PSD. Na distribuição de mandatos na assembleia de freguesia, PS e PSD têm 3 eleitos cada, o Movimento Pelo Cartaxo (ligado ao ex-presidente da câmara Paulo Varanda) tem 2 e a CDU tem um. PSD e Movimento Pelo Cartaxo têm inviabilizado as propostas da presidente da junta, com excepção daquela que permitiu a eleição do cabeça de lista do movimento independente para secretário. Falta agora eleger o tesoureiro e sem esse passo não há executivo formado, obrigando a junta a funcionar em gestão corrente.

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