Centena e meia de empresários dos sectores agro-alimentar e metalomecânico participaram numa sessão de esclarecimento sobre o mercado moçambicano, promovida pela Associação Empresarial da Região de Santarém - Nersant. A iniciativa, levada a cabo em parceria com a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), focou-se nos dois sectores, os quais têm enorme potencial negocial entre Portugal e Moçambique. Os participantes ficaram a conhecer o mercado daquele país africano e as especificidades dos processos de exportação para o mesmo. Informações facultadas na sessão “ABC Mercado Moçambique”, iniciativa da AICEP que a Nersant acolheu e dinamizou no Ribatejo.Na sessão de abertura do seminário, o vice-presidente da Nersant, Domingos Chambel, referiu que “os dois sectores abordados são estratégicos e fundamentais na região do Ribatejo, têm capacidade de exportação, o que deve ser exponenciado”. Domingos Chambel aproveitou ainda para relembrar as empresas presentes de que a associação “tem larga experiência no mercado moçambicano, tendo realizado diversas acções de internacionalização com empresas da região para este território, e possuindo ainda contactos privilegiados ao nível das entidades”.O administrador executivo da AICEP, José Vital Morgado, mostrou-se agradado com o número de empresas presentes na sessão, o que denota a dinâmica do tecido empresarial da região, bem como da Nersant, que fez a mobilização das empresas.Os empresários assistiram a intervenções especializadas, nomeadamente a realização de um enquadramento do mercado nos sectores agro-alimentar (agricultura e agro-indústria) e indústria metalomecânica, por Fernando Carvalho, director do Centro de Negócios da AICEP em Moçambique. Foi feito um enquadramento do Quadro de Investimento em Moçambique e Financiamento às Empresas, por Filipe Félix, International Business director do Millennium BCP, uma explanação das oportunidades de investimento do sector agro-alimentar, por Adérito Mavie, director da Área do Agronegócio do CEPAGRI - Ministério da Agricultura de Moçambique. A identificação de oportunidades de investimento do sector metalomecânico foi feita por Mateus Matusse, director nacional da indústria do DNI - Ministério da Indústria e Comércio de Moçambique. No final das intervenções houve debate, moderado por Olga Benquerença, directora da Capacitação Empresarial, com a participação de duas empresas convidadas e experientes na exportação para Moçambique (LusoVini, S.A. e SIMI - Sociedade Internacional de Montagens Industriais, S.A.). Os empresários tiveram ainda oportunidade de reunir-se com os oradores da sessão, para o esclarecimento de dúvidas mais específicas ou aconselhamento em matéria de exportação para Moçambique.