Penso que se tratou de uma pena desajustada à infracção. A multa por entrega atrasada das contas é, de acordo com a lei, da responsabilidade do presidente da autarquia e a multa deve ser paga pelo próprio. No caso de Pernes a junta de freguesia, provavelmente por desconhecimento, pagou mas quando foi alertada para o erro a situação foi corrigida e a presidente repôs o dinheiro. Três anos de prisão, mesmo com a pena suspensa, é castigo muito pesado e é normal que a visada se sinta revoltada. Por muitos anos que viva nunca irei perceber a nossa justiça. Mas também sei que os senhores juízes não estão nada preocupados com o que um simples cidadão ou mesmo milhares e milhares pensam sobre aquilo que eles fazem. Eles têm o poder de fazer e fazem. Cada vez há mais sentenças do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem a condenarem o Estado português por causa das decisões dos nossos juízes e só não são mais porque nem toda a gente tem dinheiro e vida para andar oito e dez anos a lutar por justiça numa instância internacional.Francisco Mendes Heitor São de bradar aos céus estas atitudes e tomadas de posições do Tribunal de Contas. Sinceramente há casos e casos. Penso que isto não passou de um pequeno descuido de quem gere uma autarquia e que foi corrigido, tendo a autarca pago a multa. Será que o mesmo Tribunal de Contas tem tanta arrogância para quem “desvia” milhões sem dizer para onde. Esses porventura estão “impunes” e com estas pequenas distracções o povo nem dá por isso. A democracia é bela quando todos são tratados de igual modo, não havendo por isso filhos e enteados. Francisco Sá Pereira