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Orçamento de Azambuja cresce 200 mil euros mas mantém-se na fasquia dos 13 milhões

Documento é “simples” e foi “o que se conseguiu fazer”, notou o presidente do município. Oposição acusou executivo liderado por Luís de Sousa de gerir a câmara sem um fio condutor nem uma ideia de desenvolvimento para o concelho.

O orçamento de Azambuja para o próximo ano cresceu 200 mil euros e cifra-se agora nos 13 milhões e 345 mil euros, verba destinada sobretudo para pagar dívidas mas também para investir nas áreas da educação, ambiente e saneamento, modernização administrativa e nas juntas de freguesia.O orçamento, juntamente com as grandes opções do plano e o plano de actividades, foram aprovados na reunião pública de câmara de sexta-feira, 31 de Outubro, com os votos contra da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra (representada maioritariamente pelo PSD) e a abstenção da CDU. O ano passado, recorde-se, o orçamento foi de 13 milhões e 145 mil euros.Luís de Sousa, presidente da câmara, admitiu que gostava de fazer mais com este orçamento mas confessou as limitações de uma câmara sobre endividada e que recorreu ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). “É um documento simples mas é o documento que conseguimos fazer dentro das nossas possibilidades”, informou. Só para pagar dívida estão alocados 2 milhões e 136 mil euros. O autarca traçou como objectivos, entre outros, retomar a revisão do Plano Director Municipal “já no ano que vem”, iniciar uma universidade sénior e lançar um programa de valorização ribeirinha.A oposição não se mostrou entusiasmada com o novo orçamento. António Jorge Lopes, da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, classificou o documento de “irrealista e impossível”, acusando Luís de Sousa de “não saber o que quer” e de gerir sem rumo. “Esta equipa que lidera a câmara é a pior desde o 25 de Abril de 1974. É confrangedor e tenho vergonha do que estou a assistir. O Joaquim Ramos [o anterior presidente] cometeu erros, mas tinha uma linha orientadora, uma ideia, um fio condutor. Vocês não. São incapazes de projectar um modelo de desenvolvimento para o concelho”, acusou.David Mendes, da CDU, levantou várias questões sobre o orçamento, incluindo o que classificou de “trapalhadas” envolvendo as parcerias com a empresa Águas do Oeste. Acabou por abster-se na votação por considerar que o orçamento “não tem erros ou actos irreflectidos”.

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