O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, defendeu na terça-feira ser necessário olhar para os resíduos como uma fonte renovável de recursos, contribuindo dessa forma para um maior desenvolvimento económico do país.“O novo normal da nossa economia é olhar para os nossos resíduos como uma fonte renovável de recursos, olhar para os resíduos como recursos que estão apenas fora do sítio, olhar para os resíduos como sendo uma pré-condição para, sendo reutilizados e prevenida a sua utilização, criar condições para um maior desenvolvimento económico”, disse.Durante a inauguração da nova linha de divisão operacional “Intpolymers” da empresa Interecycling, localizada no concelho de Tondela, Moreira da Silva sublinhou que está em curso em Portugal uma verdadeira alteração do paradigma em matéria ambiental. “Começámos na área do ambiente há algumas décadas, tentando solucionar passivos ambientais. Passámos a cumprir metas ambientais mais ambiciosas e depois colocámos os custos ambientais no preço final de todos os produtos”, descreveu.De acordo com o governante, neste momento assiste-se a uma fase em que o ambiente deixou de ser apenas um direito inalienável das presentes e próximas gerações. “Actualmente, é principalmente uma grande oportunidade de desenvolvimento económico e criação de emprego. A protecção do ambiente é principalmente um benefício económico”, realçou.“Quem quiser vencer e competir, mais do que se concentrar no tema laboral, deve olhar cada vez mais para a utilização eficiente dos recursos. No fundo, deve garantir que incorporamos menos recursos, menos matéria-prima na elaboração dos nossos produtos, pois essa é a nova competitividade que interessa a Portugal”, concluiu o ministro.