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Mostra gastronómica do grão de bico animada ao som de instrumentos tradicionais

Mostra gastronómica do grão de bico animada ao som de instrumentos tradicionais

Iniciativa proporcionou uma tarde diferente em Carrazede, no concelho de Tomar
O Salão Paroquial de Carrazede, na freguesia de Paialvo, em Tomar, foi palco de uma tarde muito animada no domingo, 16 de Novembro, recebendo a “2ª edição da Mostra Gastronómica do Grão de Bico”, com os participantes a serem brindados, depois da sobremesa, com a actuação de vários grupos etnográficos e tocadores de instrumentos tradicionais. Grão à ribatejana, migas com couve e grão, salada de grão com bacalhau ou arroz doce de grão foram alguns dos pitéus apreciados, que contou com a participação de 11 restaurantes do concelho, um número bastante superior ao da primeira edição. O certame, organizado pelo segundo ano consecutivo, pelo Rancho Folclórico “Os Camponeses” da Peralva, pretendeu divulgar as potencialidades culinárias de uma leguminosa que sempre foi muito cultivada pelas pessoas da terra. Já com os estômagos aconchegados com as mais diversas iguarias de grão, chegou uma tarde musical recheada de momentos de boa disposição e salutar convívio. O presidente da junta de Paialvo, Luís Antunes, considera que são iniciativas como esta que mostram o “quanto é bom viver no campo”, convidando os jovens casais a virem morar na freguesia. Para além do grupo anfitrião, participaram no “II Encontro de Tocadores de Instrumentos Tradicionais” o Rancho de Minjoelho, o Rancho de São Miguel de Carregueiros e o Rancho da Linhaceira, todos de Tomar. De fora do concelho, vieram o Rancho Folclórico de Malpique (Constância) e o Rancho Folclórico de Salvaterra de Magos. O evento contou ainda com a participação de Fernando Martins, um afinador de acordeões, das Olalhas (Tomar) que decidiu também dar a conhecer a sua música, que seguiu tarde dentro, a merecer os aplausos do público que encheu o salão por repleto. A todos foram entregues lembranças de participação.Nuno Fonseca, presidente da direcção de “Os Camponeses da Peralva”, explicou que o evento não teve lugar na sede do rancho, a poucos quilómetros de distância, porque "não existem” condições para receber “condignamente” quem os visita ou nela possam desenvolver actividades programadas. “Passado mais de um ano sobre a tomada de posse do novo executivo municipal de Tomar e de freguesia, continua sem ser atribuída a antiga escola à Sociedade dos Trabalhadores da Peralva para que esta possa ser preservada”, lamenta.Uma deslocação ao norte atribuladaPerguntámos a Nuno Fonseca qual foi a aventura mais engraçada pela qual o Rancho da Peralva passou. O responsável contou-a na primeira pessoa: “Já lá vão vinte e muitos anos (risos). A aventura teve início numa das muitas deslocações que o grupo fez ao norte do país, concretamente, a Gondomar. Naquela época, toda a gente queria ir nas saídas com os ranchos, uma vez que nem todos tinham carro. Dessa forma saíam de casa, iam passear. Fizemos a nossa actuação e, no final da mesma, mudámos de roupa como é usual para não degradar os trajes na viagem. Saímos do Porto, cerca da meia-noite, e metemo-nos na auto-estrada com direcção a Condeixa. A certa altura, o motorista diz que ‘isto não está bom’ e o autocarro começou a derivar para a berma da autoestrada. Dali não saiu mais. Tinha um tubo do compressor rebentado. Escusado será dizer que a confusão foi geral. Uma e meia da manhã, no meio da auto-estrada, Porto-Lisboa, sem poder ir a lado nenhum. A coisa estava complicada. A solução foi quando parou um autocarro da Rodoviária Nacional e o nosso motorista apanhou boleia até Coimbra para trazer outro autocarro. Depois subiu até ao Porto e entrou novamente na autoestrada para nos trazer de volta para a Peralva. Entretanto, as horas foram passando e a confusão foi-se instalando porque a fome começou a apoderar-se daquela gente toda. Vai daí, toca a subir barreiras na autoestrada e a saltar as vedações para invadir um pomar de pereiras que havia nas imediações para matar a fome. Peras maduras, peras rijas, peras verdes, tudo se comeu porque a fome e os nervos a isso levaram. Eram quatro e meia da manhã quando chegou o autocarro que viria a ser a nossa salvação. Depois de mudarmos a tralha toda, chegámos à Peralva eram sete da manhã”.
Mostra gastronómica do grão de bico animada ao som de instrumentos tradicionais

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