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A energia positiva de Artur Barbosa ficou e há-de continuar

A energia positiva de Artur Barbosa ficou e há-de continuar

Família do médico da Chamusca, homenageado a título póstumo por O MIRANTE, recorda um homem positivo e cliente do lado luminoso da vida

Foi com “comoção e gratidão” que a família do médico Artur Barbosa, falecido em 2 de Agosto de 2014, aos 57 anos, acolheu a distinção que O MIRANTE atribuiu a título póstumo ao seu ente querido. “Se ele estivesse aqui hoje para agradecer acho que diria a todos para serem positivos, para viverem bem a vida e para cuidarem bem dos outros. Eram lemas constantes que ele nos transmitia e que têm sido a força motriz para encararmos esta perda. A energia positiva dele ficou e há-de continuar”, diz o filho, Tiago Barbosa.Minutos antes do início da gala Personalidades do Ano 2014, que se realizou na noite de 26 de Fevereiro no Cine-Teatro de Rio Maior, a esposa Filomena Barbosa, os filhos Tiago, Raquel e Beatriz e a nora Joana recordaram a O MIRANTE algumas facetas de um homem que era conhecido pela sua boa disposição e alegria de viver. E quem conviveu com ele, mesmo que esporadicamente, sabe que essas eram imagens de marca do médico nascido em Cabo Verde e que viveu a maior parte da sua vida na Chamusca. “Nunca falava da morte, era uma palavra que não constava do dicionário dele. Nem do dele nem do nosso”, diz Tiago, sublinhando que o seu pai nunca abordara com a família a possibilidade de uma fatalidade, até porque era um apaixonado pela vida e pelo trabalho. “Ele dizia que queria reformar-se aos 90 anos e a partir daí era para viajar”, descreve o jovem com humor referindo que essas boas recordações ajudam a combater “um bocadinho” o sentimento da dura e repentina perda que sofreram. A família diz que “as palavras são poucas para descrever aquilo que sentimos” e agradece a O MIRANTE a homenagem que consideram “merecida” por tudo aquilo que Artur Barbosa dedicou à Chamusca e à sua população. “Ele não fazia as coisas pelo reconhecimento, mas qualquer pessoa gosta de ser reconhecida. Seja onde estiver, estará com certeza contente por ver que as pessoas gostam dele e apreciam o trabalho que ele fez. O percurso dele valeu a pena. Ficámos mais pobres com a sua partida e achamos que a Chamusca também, pelo número de pessoas que têm vindo manifestar-nos o seu pesar”, conclui o filho com emoção. Artur Barbosa era director da Unidade de Saúde Familiar da Chamusca e morreu na madrugada de sábado, 2 de Agosto de 2014. Tinha 57 anos e estava internado desde 25 de Julho no Hospital de S. José em Lisboa em estado considerado crítico. Sentiu-se mal quando estava a dar consultas no Centro de Saúde da Chamusca, onde trabalhava desde 1986. O funeral, realizado na tarde de domingo, 3 de Agosto de 2014, na Chamusca, constituiu uma manifestação colectiva de pesar de grande dimensão. Natural da Ilha do Fogo, em Cabo Verde, foi viver para Santarém aos 17 anos, tendo concluído o liceu naquela cidade. Entrou em Lisboa, na Faculdade de Ciências Médicas, em 1976 e após terminar o curso fez dois anos de estágio em Cascais, antes de ser colocado na Chamusca. Actualmente, para além de director da Unidade de Saúde Familiar, era também médico legista fazendo as autópsias no gabinete médico legal do Médio Tejo.
A energia positiva de Artur Barbosa ficou e há-de continuar

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