O Centro Escolar do Sacapeito, em Santarém, que se encontra na fase final de construção, vai abrir no próximo ano lectivo e a sua entrada em funcionamento vai implicar o encerramento da escola do 1º ciclo do Salvador e, provavelmente, de salas de outros estabelecimentos de ensino da cidade. O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD) diz que ainda não existe uma decisão final sobre quais as escolas que vão transferir alunos para o novo estabelecimento de ensino, mas garante que já existem projectos para dinamizar os espaços que ficarem devolutos. “Temos uma ideia clara sobre o que vai acontecer mas queremos ainda ouvir o Conselho Municipal de Educação e associações de pais”, afirma Ricardo Gonçalves, reconhecendo que actualmente, devido à redução da taxa de natalidade verificada nos últimos anos, não há necessidade de manter todas as escolas de 1º ciclo em funcionamento.O presidente da câmara respondia, na última reunião do executivo, ao vereador Francisco Madeira Lopes (CDU), que recordou que a escola do Salvador, no centro histórico da cidade, foi alvo de obras recentes por iniciativa da União de Freguesias e da associação de pais. Por isso perguntou se, à data dessa intervenção, já se sabia que a escola deveria encerrar. Ricardo Gonçalves respondeu que já se tinha falado dessa hipótese com a União de Freguesias da Cidade.Ricardo Gonçalves informou ainda que a intervenção relativa aos acessos ao novo Centro Escolar vai ser candidatada a fundos comunitários, respondendo a uma questão da vereadora Otília Torres (PS). Actualmente está a ser feito um estudo nesse sentido, já que a abertura do estabelecimento de ensino irá criar uma nova realidade em termos de trânsito rodoviário na zona.A empreitada do Centro Escolar do Sacapeito, em Santarém, tem decorrido de forma conturbada e, se os prazos previstos tivessem sido respeitados, já estava concluída há muito tempo. Foi adjudicado pela Câmara de Santarém em Maio de 2011 por 2.557.990 euros mais IVA. Inicialmente previa-se que o equipamento, situado junto à praça de touros da cidade, pudesse começar a funcionar no ano lectivo 2012/2013.A obra foi suspensa em Dezembro de 2012 após terem sido detectadas fendas em parte da estrutura, o que obrigou a uma intervenção de reforço das fundações feita à margem do projecto inicial. Os trabalhos extraordinários, avaliados em cerca de 200 mil euros, devem ser suportados pelo empreiteiro ou pelo projectista, já que a autarquia declinou responsabilidades nessa matéria.Resolvido esse percalço e após ano e meio parada, a empreitada inicial foi retomada no início do Verão de 2014 e tem prosseguido sem grandes problemas desde aí.