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Possibilidade de Assunção Cristas encabeçar lista de Santarém às legislativas divide PSD

Possibilidade de Assunção Cristas encabeçar lista de Santarém às legislativas divide PSD

Presidente da Câmara de Santarém diz que, caso haja coligação entre PSD e CDS, deve ser um militante social-democrata a liderar a lista, dada a reduzida expressão eleitoral dos centristas na região. O presidente da distrital “laranja” confessa-se “espantado” por o assunto vir a lume quando ainda nem se sabe se há aliança eleitoral entre os dois partidos.

Ainda não se sabe se PSD e CDS-PP vão concorrer coligados às eleições legislativas do próximo Outono, mas a possibilidade de a actual ministra da Agricultura, Assunção Cristas, ser cabeça de lista no círculo eleitoral de Santarém, caso haja uma aliança entre os dois partidos do actual Governo, já começou a ser falada. E no PSD distrital já foram manifestadas resistências. O assunto foi levantado numa reunião distrital de militantes do PSD pelo presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, que defendeu que deve ser um militante do PSD a liderar a lista de candidatos a deputados, caso haja coligação. “Seria lamentável se isso acontecesse”, disse Ricardo Gonçalves à Lusa quando confrontado com a possibilidade de Cristas ser cabeça de lista, referindo a fraca expressão eleitoral do CDS no distrito de Santarém.O presidente da distrital de Santarém do PSD, Nuno Serra, disse à agência Lusa que ficou “espantado” por o tema ter sido levantado, por ser “extemporâneo” e “prematuro”, pois ainda não existe qualquer decisão sobre se os dois partidos concorrem coligados. “É só ruído. Não está nada em cima da mesa. Por isso fiquei espantado por a questão ter sido levantada pelo presidente da Câmara de Santarém”, afirmou.Ricardo Gonçalves justifica que a sua declaração foi feita no sentido de que a distrital social-democrata de Santarém se deve bater para que a lista às legislativas, caso haja coligação, seja liderada por um militante do partido, opondo-se a que se considere a hipótese de vir a ser encabeçada por Assunção Cristas.O nome da ministra terá surgido de “conversas de corredor” na sessão das “Jornadas do Investimento”, realizada no dia 21 de Fevereiro em Santarém com a participação dos presidentes das distritais do PSD, Nuno Serra, e do CDS-PP, José Vasco Matafome. Este último disse à Lusa que “ficaria muito satisfeito” se a lista por Santarém fosse encabeçada por Assunção Cristas, pessoa que considera ser conhecedora de uma área com forte implantação no distrito e que tem grande aceitação entre os agricultores.Frisando que qualquer decisão em matéria de coligação será tomada pelos órgãos nacionais, José Vasco Matafome afirmou que se os dois partidos avançarem juntos para eleições não tem dúvidas de que o PSD não tem no distrito “ninguém com a capacidade e a visibilidade” de Assunção Cristas e que o que mais interessará será a capacidade de o cabeça de lista atrair votos.Já Nuno Serra diz que a distrital do PSD terá que analisar o que for melhor para o distrito e para a coligação, considerando que se se viesse a concluir que Assunção Cristas garantiria uma maior representatividade parlamentar seria “um erro crasso” eliminar essa possibilidade logo à partida. Acrescenta ter ficado “espantado” por a oposição vir de Ricardo Gonçalves, que foi eleito para a Câmara de Santarém na lista de um independente (Francisco Moita Flores), escolhido pelo partido com o objectivo de conseguir, pela primeira vez, conquistar um município desde sempre liderado pelos socialistas.
Possibilidade de Assunção Cristas encabeçar lista de Santarém às legislativas divide PSD

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