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Expopele sem a projecção esperada num concelho com as melhores indústrias de curtumes

Expopele sem a projecção esperada num concelho com as melhores indústrias de curtumes

Segunda edição do certame em Alcanena não alcançou a visibilidade e projecção esperadas. Director-geral do Centro Tecnológico de Indústrias do Couro considera que o evento foi organizado em cima da hora e a data escolhida não foi a mais conveniente.

Em Alcanena existem algumas das melhores indústrias de curtumes do mundo e é no concelho que estão instaladas 55 das 61 empresas nacionais do sector. As fileiras de produção de curtumes e artigos em pele representam no concelho um volume de negócios de 280 milhões de euros, 95 dos quais referentes a exportações, mas a 2ª edição da Expopele, que decorreu no Pavilhão Multiusos da localidade de 1 a 3 de Maio, não conseguiu alcançar a visibilidade e a projecção pretendida.O director-geral do Centro Tecnológico das Indústrias do Couro (CTIC), Alcino Martinho, reconhece que a Expopele 2015 foi organizada “em cima do joelho” apenas com dois meses de antecedência, o que não permitiu uma cuidada organização e divulgação do evento. A data escolhida para a realização do certame também não foi, na opinião do director-geral do CTIC, “a mais conveniente” por coincidir com outras feiras internacionais de curtumes e peles e se tratar de um fim-de-semana prolongado em que muitas pessoas aproveitaram para sair.A presidente da Câmara de Alcanena, Fernanda Asseiceira, explica que a data foi definida com o intuito de valorizar os trabalhadores da fileira, por circunstância do Dia do Trabalhador (1 de Maio), e integrar esta actividade nas comemorações do centenário do concelho de Alcanena. “Não podemos deixar de fazer as actividades se estivermos sempre a pensar que as pessoas não vão à Expopele porque preferem ir passear”, nota. Os parceiros envolvidos na Expopele vão reunir-se na segunda-feira, 11 de Maio, para fazer um balanço desta 2ª edição e começar já a organizar a próxima edição, agendada para os dias 14, 15, 16 e 17 de Julho de 2016.A internacionalização das fileiras de produção nacional do sector e a afirmação das marcas “Alcanena Capital da Pele” e “Leather from Portugal” foram os principais objectivos da Expopele 2015. No evento participaram 50 empresas e agentes ligados ao sector dos curtume, entre eles as maiores empresas do concelho de Alcanena. Um número animador, mas distante das cerca de 90 estimadas pela organização. “Não podemos dizer que foi uma grande feira”, afirma Alcino Martinho, confiante de que esta segunda edição serviu de rampa de lançamento para próximas edições. Longe de querer competir com as grandes feiras internacionais, Fernanda Asseiceira considera que “o balanço é claramente positivo” e lembra que “esta não é uma feira de massas e tem um segmento de mercado muito próprio”.Ao nível de artesãos de produtos acabados em pele, a 2ª edição da Expopele não teve a adesão esperada. Os oito stands destinados a este efeito, no primeiro piso do Pavilhão Multiusos da localidade, não foram preenchidos, acabando a organização por integrar os quatro profissionais aderentes no piso térreo do edifício, junto dos 16 stands de marcas e fabricantes de artigos acabados em pele. “Temos de reforçar a pesquisa porque o artesanato é uma área muito importante”, reconhece a presidente da autarquia.
Expopele sem a projecção esperada num concelho com as melhores indústrias de curtumes

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