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Efeitos Ambientais das Centrais Nucleares (III) - Eduardo Martinho

O autor parece fazer a apologia da energia nuclear querendo menosprezar e desvalorizar o problema dos resíduos radioactivos como se isso fosse um mero problema de quantidades geradas e espaço exigido para acondicionamento prolongado que exigem. Minimizado o problema dos resíduos das centrais nucleares parte-se então para a apologia da “energia limpa” gerada a partir do nuclear. Assim será quando e se a tecnologia nuclear evoluir para o tipo de tecnologia em que é recriada a fusão nuclear que ocorre no sol a toda a hora. Essa sim será uma energia nuclear mais limpa e em que as quantidades de resíduos nucleares radioactivos será diminuta. Superando-se com essa tecnologia todos os inconvenientes que existem com a tecnologia nuclear actual que assenta na fissão do átomo com os inconvenientes conhecidos. Mas o nuclear tem outras questões sérias envolvidas. Veja-se o que aconteceu em Chernobyl e mais recentemente em Fukushima no Japão, em que as fugas de água e material radioactivo para o ambiente ocorreram durante demasiado tempo  ainda hoje estamos sem saber realmente as consequências que iremos suportar deste último acidente. Quanto ao primeiro sabemos a realidade que é vivida hoje nas zonas limítrofes em redor da zona proibida. Nunca haverá locais totalmente seguros e o disparate humano na escolha de locais de construção ou mesmo no ato de gestão e operação de instalações desta natureza acontece quando menos se espera ou mesmo nos casos em que se assegura “total segurança”. Existem alternativas e não estão esgotadas. São as alternativas limpas. É essencial acima de tudo explorar a eficiência energética como garantia de o nuclear seja por via de fissão ou mesmo fusão pode ser evitado. É por isso que a mobilidade eléctrica é um presente envenenado e uma falácia. E de mobilidade limpa terá pouco quando eventualmente se massificar o uso do carro eléctrico e que para isso será necessário garantir uma tomada eléctrica com energia para todos nos movermos a electricidade em transporte unifamiliar como acontece hoje com os veículos a combustíveis fósseis. Temo que a geração de resíduos nucleares possa crescer exponencialmente.Nuno RomãoAs centrais atómicas são uma péssima alternativa à produção de energia eléctrica que nasceram do reaproveitamento das centrais usadas para a produção de material radioactivo para bombas atómicas. Constituem três gravíssimos problemas: São potenciais geradoras de potenciais acidentes cujas consequências poderão ser muito piores do que as dos acidentes já ocorridos em Chernobyl, Three Mile Island (Pensilvânia), Fukushima e Erwin (Tennessee).O da produção de resíduos radioactivos com semividas de milhares de anos de que ainda não se encontrou solução para a sua destruição e armazenamento em segurança eficaz que a ciência garanta e valide até que as radiações sejam inofensivas; os movimentos telúricos são os piores dos problemas pois poderão ocasionar a destruição dos contentores de resíduos e dispersá-los que contaminarão milhares de quilómetros quadrados da atmosfera, terras, rios, mares e águas subterrâneas e entrar na cadeia alimentar dos seres vivos; E o maior de todos os perigos – atentado terrorista cujas gravíssimas consequências são facilmente concebíveis!Há que ter esperança nos trabalhos do ITER e nos resultados da central de fusão nuclear que está em construção no sul da França. Se for conseguido obter na fusão nuclear mais de 40% da energia gasta estarão criadas as condições para uma nova era de produção de energia barata, praticamente limpa, segura e inesgotável.Manuel PeñascosoDe cada vez que me tentam convencer da maravilha que é a produção de energia nuclear vêm-me sempre à cabeça desastres devastadores como os de Three Mile Island, Chernobyl e Fukushima. Será preconceito meu ou estes desastres ambientais não tiveram assim tanta importância? Pelo sim, pelo não, sou contra a instalação de mais centrais nucleares, seja em que parte do mundo for.João Baptista

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